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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Função referencial da linguagem




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Índice


















O presente trabalho versa fundamentalmente sobre função referencial da linguagem segundo Roman Jakobson. Sobre tudo da pois a relação entre linguagem, pensamento e discurso deve-se ao facto de o discurso ser uma manifestação do pensamento e um acontecimento da linguagem.























Função referencial da linguagem, segundo Roman Jakobson

ü  Função referencial (ou informativa),
a)      Esta centrada no contexto.
Neste tipo de discurso, o emissor (locutor) centra a sua mensagem de forma predominante no contexto (ou referente)
Este tipo de discurso é caracterizado pela objectividade, neutralidade e imparcialidade, visto que o emissor pretende transmitir sempre informações. Exemplos deste discurso são as notícias jornalísticas, as informações técnicas e científicas, etc.
ü  Função expressiva (ou emotiva) – esta centrada no emissor. Predomina, neste tipo de discursos, a atitude do emissor (locutor) perante o referente (objecto), uma apreciação subjectiva. No discurso oral, a totalidade da voz do emissor é inconstante, ora sobe, ora baixa, ora é grossa, ora é fina e moderada, dependendo do que ele deseja do seu interlocutor (convencer, ridicularizar, instituir, demonstrar, etc.).
ü  Função persuasiva (apelativa ou imperativa ou conativa) – está centrada no destinatário ou receptor. Trata-se de um tipo de discurso em que o emissor/locutor procura influenciar, seduzir, convencer ou mandar no receptor, provocando nele uma dada reacção.
ü  Função estética (ou poema) – está centrada na mensagem. Embora tenha especial evidência na poesia, esta ocorre em qualquer tipo de mensagem. Os emissores, por norma, mostram-se sempre empenhados em embelezar e melhorar as suas mensagens.
Exemplo: «Tente de novo», «Hei, tu também, vem abraçar-me».
ü  Função fáctica – está centrada no contacto, ou seja, no canal. Com estes discursos, os interlocutores procuram assegurar, estabelecer, prolongar ou interromper a comunicação ou verificar se o meio usado funciona.
Exemplo: «Alô?»
ü  Função metalinguistica – conjunto de sinais. Com o discurso os interlocutores procuram definir ou clarificar o sentido dos signos para que sejam compreendidos entre si.
Exemplo: «Compreendes-me?», “isto significa que…?»
Sobre este modelo de comunicação importa ainda dizer que um discurso ou enunciado não corresponde a uma única função. Numa proposição (frase/enunciado), as funções de linguagem aparecem combinadas, isto é, podemos encontrar duas ou mais funções.
ü  As funções referencial (ou informativa) e persuasiva (apelativa ou argumentativa) – são de peculiar importância no estudo da lógica, visto que a primeira – função referencial ou informativa – nos permite representar ou descrever factos, estados ou relações entre as coisas; os seus enunciados, frases ou expressões são susceptíveis de serem verdadeiros ou falsos, conforme o seu conteúdo e adequação à realidade.  
ü  Função da linguagem – permiti-nos combinar enunciados, frases ou proposições e estruturar os respectivos argumentos justificativos ou comprovativos, os quais são susceptíveis de serem validos ou inválidos, ou seja, saber se são ou não coerentes entre si.

Linguagem, pensamento e discurso (uma relação triádica)

Haverá ou não alguma relação entre a linguagem, pensamento e discurso? Será que o pensamento pode dissociar-se da linguagem? O discurso poderá ser discurso sem pensamento ou o recurso à linguagem?
Se o nosso pressuposto é o de que, mediante a linguagem, os seres humanos (homens e mulheres) comunicam entre si os seus pensamentos em forma de discurso oral, escrito ou gestual, então há uma estreita e indissociável relação entre estas três realidades: linguagem, pensamento e discurso. Isto porque:
ü  A linguagem é um instrumento e meio ao serviço do pensamento. A linguagem é o suporte do pensamento. Mediante o uso da linguagem os seres humanos exprimem os seus pensamentos. Por isso, o pensamento e a linguagem não se podem separar e um desenvolve-se em correlação com o outro.
ü  A linguagem regula o pensamento. Só com à linguagem o ser pode formular conceitos (ou ideias), juízos e raciocínios (os instrumentos do pensamento humano).
ü  Os seres humanos dispõem de uma linguagem, podendo expressar, em forma de discurso, os seus pensamentos aos outros e comunicar.
ü  É também por disporem de uma linguagem que os seres humanos podem expressas, em forma de discurso, os seus pensamentos e dessa forma conhecer e apreender a realidade circundante.
A relação entre linguagem, pensamento e discurso deve-se ao facto de o discurso ser uma manifestação do pensamento e um acontecimento da linguagem. E nisto os linguistas e os filósofos estão de acordo.

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