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sábado, 31 de março de 2018

Factores que determinam a fertilidade do solo - SOLO


   Índice


Introdução

O presente trabalho tem como objectivo dar ao aluno uma visão introdutória sobre a fertilidade do solo, mostrando a sua importância e apresentando alguns factores que determinam portanto, a fertilidade do solo, que são extremamente importante para o perfeito funcionamento da natureza e manutenção do equilíbrio económico.


Factores que determinam a fertilidade do solo

A fertilidade do solo depende de um conjunto de factores, uns da natureza física, outros de natureza química. Da conjugação destes factores, resulta a capacidade de produção do solo que, dependendo do seu perfil, apenas atinge o seu máximo quando o nível de todos os factores nutritivos e itinerários técnicos de mobilização foram corretamente ajustados em função das necessidades dos sistemas culturais.

Composição química do solo

Os solos são constituídos por três fases:
Solida (matriz);
Liquido (solução do solo);
Gasosa (atmosfera do solo).
A matriz contem substâncias minerais e matéria orgânica. As substâncias minerais dividem-se quanto ao tamanho em elementos grosseiros e terra fina, que inclui a areia, o limo, e a argila. A proporção das partículas de diferentes dimensões é designada por textura do solo.
A fração argila, principal responsável pelas propriedades químicas do solo, é principalmente constituída por minerais argilosos pertencentes aos grupos da caulinite, esmectite, vermiculite, ilite ou clorite. São minerais com uma predominância de cargas negativas umas permanentes e outras dependentes do PH. Os minerais argilosos diferem quanto as cargas que transportam superfície especifica, capacidade de fixar iões potássio e amónio, e ainda por ser ou não expansíveis.
Na fração argila existem ainda óxidos e hidróxidos de ferro, alumínio e magnésio. Possuem cargas dependentes do PH, podendo apresentar predominância de cargas positivas em solos ácidos. Em regiões áridas, e semiáridas, pode ocorrer acumulação no solo de carbonatos sulfatos ou mesmo cloretos. A meteria orgânica inclui uma grande variedade de seres vivos desde bactérias, fungos e actinomicetes, ate protozoários, nematodes, ácaros e anelídeos. Os organismos do solo em especial os microrganismos, vão levar a cabo a decomposição de resíduos orgânicos mas são também responsáveis pela síntese de moléculas de elevada estabilidade-as substancias húmicas-que são o principal constituinte do húmus e contribuem para propriedades tao importantes como a capacidade de retenção de agua e nutrientes e o poder tampão do solo. A manutenção da matéria orgânica no solo é bastante importante, dado que contribui para a manutenção da sua estrutura melhora a infiltração e a retenção de agua e aumenta a capacidade agua de troca de certas substancias contribuindo para o acréscimo da produtividade. Estes objetivos podem ser facilitados pela racionalização dos itinerários técnicos, com a oportunidade das épocas de intervenção, mobilização reduzida, a sementeira direta, a agricultura biológica e a incorporação de resíduos como, por exemplo, o estrume.
A solução do solo contem vários elementos na forma de iões livres ou de complexos. Certas substâncias contaminantes podem ser armazenadas no solo. Alguns, como os pesticidas podem ultrapassar os limites da capacidade de armazenamento e de efeito tampão do solo causando a perda de algumas das funções deste e a contaminação da cadeia alimentar, dos vários ecossistemas, e recursos naturais, pondo em risco a biodiversidade e saúde humana.
A atmosfera do solo tem teores mais baixos de oxigénio e mais alto de vapores de agua e dióxido de carbono por comparação a atmosfera. Um bom arejamento do solo é indispensável para a respiração das raízes de plantas e dos organismos do solo.

Rede hidrográfica

E importante notar que a quantidade de agua existente no solo so tem significado quando considerada em conjunto com força com que a agua se encontra retida no solo. Este facto facilita ou não a sua absorção pelas plantas.
A água existente no solo abrange:
·         Água capilar: que é sujeita a fenómenos de capilaridade no solo e se desloca nos espaços entre as partículas terrosas
·         Agua higroscópica: que é fixada na superfície das partículas terrosas por absorção
·         Agua gravitacional: que não é retida no solo deslocando-se apenas nos macroporos por ação da gravidade
·         Agua freática: que se infiltra no solo e se acumula junto a rocha-mãe formando uma zona permanentemente saturada de agua.
Se comparar o tamanho das partículas que compõem a areia com as partículas que compõem a argila, verifica-se que as primeiras são muito maiores do que as segundas. Deste modo, quanto maiores forem as partículas de um solos maiores são os espaços entre elas (poros) e, mais facilmente passa a água. O respectivo fenómeno é chamado porosidade do solo. Alem, da porosidade pode-se observar nos solos o fenómeno físico da capilaridade.
A água se infiltra no solo, devido à sua forte capacidade de estabelecer ligações moleculares, permite manter um certo grau de coesão entre as partículas. Se a concentração da agua for muito elevada, o volume desta aumenta e conduz à saturação do solo. A tensão exercida pela água é tal que leva que as partículas desse solo se afastem criando situações de instabilidade e provocando o movimento de materiais ao longo dessa vertente.
Textura fina
Textura media
Textura grossa
Solos argilosos
Solos francos
Solos arenosos
Elevada capacidade de retenção de água.
               
Baixa capacidade de agua
Difícil circulação de água
               
Fácil circulação de agua
Elevada coesão.
               
Baixa coesão
Consistência plástica, pegajosa (molhado) e dura (seco)
               
Consistência friável (seco ou molhado)
Menor densidade do solo
               
Maior densidade do solo
Maior porosidade total
               
Menor porosidade
`maior microporosidade
               
Maior macroporosidade
Maior arejamento
               
Boa aeração
Superfície especifica elevada
               
Superfície especifica baixa
Solos bem estruturados
               
Solos sem estrutura
Difícil preparo mecânico, pouco lavados e mais ricos em elementos fertilizantes.
               
Fácil preparo mecânico, mais lavados e mais pobres em elementos fertilizantes

Decomposição do solo

A riqueza mineral do solo é mantida ou melhorada pelos fertilizantes que podem ser corretivos ou adubos. O adubo pode ser obtido a partir de detritos orgânicos (restos de plantas, cadáveres de animais e seus excrementos) a que se da o nome de estrume. Designa-se por macronutrientes os elementos minerais que as plantas absorvem em maior quantidade, tais como, N,P,K, Ca, Mg, S, Na, Cl e Si. Os principais são N,P e K porque alem de serem absorvidos em quantidades elevadas, não existem, geralmente, no solo em teores suficientes para satisfazerem as necessidades das culturas. Torna-se, por isso, necessária a sua aplicação. Através de adubos.
Os restantes designam-se por secundários ainda que sejam absorvidos em quantidades elevadas. Admite-se, que existem no solo em teor susceptveis de dispensar a sua aplicação no entanto a designação de secundários não significa que tenham menor interesse para a nutrição das plantas.
Os micronutrientes são os elementos minerais que a planta consome em menor quantidade e manifestam toxicidade quando existem um excesso no solo, consideram-se micronutrientes Fe, Mn, Zn, Cu, B, Mo e Al. O solo contem certa quantidade de substâncias orgânicas provenientes da decomposição de cadáveres de animais e dos restos vegetais. A decomposição origina o húmus, formado por uma mistura do solo e matéria orgânica parcialmente degradada. Com decomposição, os minerais que constituíam a matéria orgânica são libertadas fertilizam o solo e ficam disponíveis a absorção pelas plantas. A transformação da matéria orgânica em húmus é designada humificação e é efetuada por bactérias e fungos existentes no solo. A humificação depende das condições ambientais.
Além de serem determinantes na formação dos solos, os seres vivos que vivem neles desempenham outras tarefas extremamente importantes para a produção e manutenção de solos férteis. Animais como as toupeiras, as formigas, as minhocas, os ratos (que fazem parte do grupo macrobiota ou macrofauna) e pequenos vermes e larvas (que constituem o grupo meso biota ou meso fauna) revolvem o solo durante a produção de galerias onde se instalam, produzindo uma autêntica larva. Contribuem para arejar o solo e também para facilitar a circulação de água que é fundamental para as plantas.
Os diversos organismos decompositores como, certos fungos e bactérias transformam a manta-morta em húmus. Existem ainda microrganismos que vivem nas raízes de certas plantas que enriquecem o solo com azoto produzindo uma autêntica adubação natural.

 

Conclusão

Como vimos, este trabalho é resultado de um estudo/pesquisa, que exigiu, no decorrer do mesmo muita análise, síntese e reflexão. Uma das vantagens oferecidas e que considero a mais importante foi o conhecimento que tive a respeito dos factores que determinam a fertilidade do solo, composicao dos solos. Foi um estudo realmente, muito interessante e instrutivo.




Referências bibliográficas





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Introdução

O presente trabalho tem como objectivo dar ao aluno uma visão introdutória sobre a fertilidade do solo, mostrando a sua importância e apresentando alguns factores que determinam portanto, a fertilidade do solo, que são extremamente importante para o perfeito funcionamento da natureza e manutenção do equilíbrio económico.


Factores que determinam a fertilidade do solo

A fertilidade do solo depende de um conjunto de factores, uns da natureza física, outros de natureza química. Da conjugação destes factores, resulta a capacidade de produção do solo que, dependendo do seu perfil, apenas atinge o seu máximo quando o nível de todos os factores nutritivos e itinerários técnicos de mobilização foram corretamente ajustados em função das necessidades dos sistemas culturais.

Composição química do solo

Os solos são constituídos por três fases:
Solida (matriz);
Liquido (solução do solo);
Gasosa (atmosfera do solo).
A matriz contem substâncias minerais e matéria orgânica. As substâncias minerais dividem-se quanto ao tamanho em elementos grosseiros e terra fina, que inclui a areia, o limo, e a argila. A proporção das partículas de diferentes dimensões é designada por textura do solo.
A fração argila, principal responsável pelas propriedades químicas do solo, é principalmente constituída por minerais argilosos pertencentes aos grupos da caulinite, esmectite, vermiculite, ilite ou clorite. São minerais com uma predominância de cargas negativas umas permanentes e outras dependentes do PH. Os minerais argilosos diferem quanto as cargas que transportam superfície especifica, capacidade de fixar iões potássio e amónio, e ainda por ser ou não expansíveis.
Na fração argila existem ainda óxidos e hidróxidos de ferro, alumínio e magnésio. Possuem cargas dependentes do PH, podendo apresentar predominância de cargas positivas em solos ácidos. Em regiões áridas, e semiáridas, pode ocorrer acumulação no solo de carbonatos sulfatos ou mesmo cloretos. A meteria orgânica inclui uma grande variedade de seres vivos desde bactérias, fungos e actinomicetes, ate protozoários, nematodes, ácaros e anelídeos. Os organismos do solo em especial os microrganismos, vão levar a cabo a decomposição de resíduos orgânicos mas são também responsáveis pela síntese de moléculas de elevada estabilidade-as substancias húmicas-que são o principal constituinte do húmus e contribuem para propriedades tao importantes como a capacidade de retenção de agua e nutrientes e o poder tampão do solo. A manutenção da matéria orgânica no solo é bastante importante, dado que contribui para a manutenção da sua estrutura melhora a infiltração e a retenção de agua e aumenta a capacidade agua de troca de certas substancias contribuindo para o acréscimo da produtividade. Estes objetivos podem ser facilitados pela racionalização dos itinerários técnicos, com a oportunidade das épocas de intervenção, mobilização reduzida, a sementeira direta, a agricultura biológica e a incorporação de resíduos como, por exemplo, o estrume.
A solução do solo contem vários elementos na forma de iões livres ou de complexos. Certas substâncias contaminantes podem ser armazenadas no solo. Alguns, como os pesticidas podem ultrapassar os limites da capacidade de armazenamento e de efeito tampão do solo causando a perda de algumas das funções deste e a contaminação da cadeia alimentar, dos vários ecossistemas, e recursos naturais, pondo em risco a biodiversidade e saúde humana.
A atmosfera do solo tem teores mais baixos de oxigénio e mais alto de vapores de agua e dióxido de carbono por comparação a atmosfera. Um bom arejamento do solo é indispensável para a respiração das raízes de plantas e dos organismos do solo.

Rede hidrográfica

E importante notar que a quantidade de agua existente no solo so tem significado quando considerada em conjunto com força com que a agua se encontra retida no solo. Este facto facilita ou não a sua absorção pelas plantas.
A água existente no solo abrange:
·         Água capilar: que é sujeita a fenómenos de capilaridade no solo e se desloca nos espaços entre as partículas terrosas
·         Agua higroscópica: que é fixada na superfície das partículas terrosas por absorção
·         Agua gravitacional: que não é retida no solo deslocando-se apenas nos macroporos por ação da gravidade
·         Agua freática: que se infiltra no solo e se acumula junto a rocha-mãe formando uma zona permanentemente saturada de agua.
Se comparar o tamanho das partículas que compõem a areia com as partículas que compõem a argila, verifica-se que as primeiras são muito maiores do que as segundas. Deste modo, quanto maiores forem as partículas de um solos maiores são os espaços entre elas (poros) e, mais facilmente passa a água. O respectivo fenómeno é chamado porosidade do solo. Alem, da porosidade pode-se observar nos solos o fenómeno físico da capilaridade.
A água se infiltra no solo, devido à sua forte capacidade de estabelecer ligações moleculares, permite manter um certo grau de coesão entre as partículas. Se a concentração da agua for muito elevada, o volume desta aumenta e conduz à saturação do solo. A tensão exercida pela água é tal que leva que as partículas desse solo se afastem criando situações de instabilidade e provocando o movimento de materiais ao longo dessa vertente.
Textura fina
Textura media
Textura grossa
Solos argilosos
Solos francos
Solos arenosos
Elevada capacidade de retenção de água.
               
Baixa capacidade de agua
Difícil circulação de água
               
Fácil circulação de agua
Elevada coesão.
               
Baixa coesão
Consistência plástica, pegajosa (molhado) e dura (seco)
               
Consistência friável (seco ou molhado)
Menor densidade do solo
               
Maior densidade do solo
Maior porosidade total
               
Menor porosidade
`maior microporosidade
               
Maior macroporosidade
Maior arejamento
               
Boa aeração
Superfície especifica elevada
               
Superfície especifica baixa
Solos bem estruturados
               
Solos sem estrutura
Difícil preparo mecânico, pouco lavados e mais ricos em elementos fertilizantes.
               
Fácil preparo mecânico, mais lavados e mais pobres em elementos fertilizantes

Decomposição do solo

A riqueza mineral do solo é mantida ou melhorada pelos fertilizantes que podem ser corretivos ou adubos. O adubo pode ser obtido a partir de detritos orgânicos (restos de plantas, cadáveres de animais e seus excrementos) a que se da o nome de estrume. Designa-se por macronutrientes os elementos minerais que as plantas absorvem em maior quantidade, tais como, N,P,K, Ca, Mg, S, Na, Cl e Si. Os principais são N,P e K porque alem de serem absorvidos em quantidades elevadas, não existem, geralmente, no solo em teores suficientes para satisfazerem as necessidades das culturas. Torna-se, por isso, necessária a sua aplicação. Através de adubos.
Os restantes designam-se por secundários ainda que sejam absorvidos em quantidades elevadas. Admite-se, que existem no solo em teor susceptveis de dispensar a sua aplicação no entanto a designação de secundários não significa que tenham menor interesse para a nutrição das plantas.
Os micronutrientes são os elementos minerais que a planta consome em menor quantidade e manifestam toxicidade quando existem um excesso no solo, consideram-se micronutrientes Fe, Mn, Zn, Cu, B, Mo e Al. O solo contem certa quantidade de substâncias orgânicas provenientes da decomposição de cadáveres de animais e dos restos vegetais. A decomposição origina o húmus, formado por uma mistura do solo e matéria orgânica parcialmente degradada. Com decomposição, os minerais que constituíam a matéria orgânica são libertadas fertilizam o solo e ficam disponíveis a absorção pelas plantas. A transformação da matéria orgânica em húmus é designada humificação e é efetuada por bactérias e fungos existentes no solo. A humificação depende das condições ambientais.
Além de serem determinantes na formação dos solos, os seres vivos que vivem neles desempenham outras tarefas extremamente importantes para a produção e manutenção de solos férteis. Animais como as toupeiras, as formigas, as minhocas, os ratos (que fazem parte do grupo macrobiota ou macrofauna) e pequenos vermes e larvas (que constituem o grupo meso biota ou meso fauna) revolvem o solo durante a produção de galerias onde se instalam, produzindo uma autêntica larva. Contribuem para arejar o solo e também para facilitar a circulação de água que é fundamental para as plantas.
Os diversos organismos decompositores como, certos fungos e bactérias transformam a manta-morta em húmus. Existem ainda microrganismos que vivem nas raízes de certas plantas que enriquecem o solo com azoto produzindo uma autêntica adubação natural.

 

Conclusão

Como vimos, este trabalho é resultado de um estudo/pesquisa, que exigiu, no decorrer do mesmo muita análise, síntese e reflexão. Uma das vantagens oferecidas e que considero a mais importante foi o conhecimento que tive a respeito dos factores que determinam a fertilidade do solo, composicao dos solos. Foi um estudo realmente, muito interessante e instrutivo.




Referências bibliográficas




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