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terça-feira, 17 de setembro de 2019

Independência da América Espanhola: Objetivo, Conflitos, Causas, Fases, Doutrina Monroe e Consequências


Objetivo básico das Metrópoles

A colonização da América Latina foi essencialmente a de exploração. As metrópoles não tiveram intenção de alguma de construir nações fortes e desenvolvidas nessa parte das Américas. A política metropolitana era exactamente bloquear qualquer desenvolvimento autônomo da colônia.
A finalidade das metrópoles foi o de explorar o máximo das riquezas, das terras para latifúndio em benefício próprio.
Conflitos entre as colónias e metrópoles
Depois do primeiro século de colonização baseada na exploração começaram a surgir conflitos entre as colónias e as metrópoles. As raízes desse conflito encontravam-se no próprio sistema colonial, ou seja, na forma de opressão das colónias através do pacto colonial.
Pacto colonial
O Pacto colonial era o monopólio comercial entre as metrópoles e suas colónias. Ele determinava que a colónia só poderia comercializar com sua metrópole.
Rebeliões na América Latina
Toda essa situação de opressão resultou em várias rebeliões na América Latina, dominada por portugueses e espanhóis.
As rebeliões foram promovidas pelas elites locais ligadas ao comércio. A principal razão das revoltas era defender os interesses dessas classes privilegiadas e por fim colocou em crise o sistema colonial.
Causas que contribuíram para as independências

Crise do sistema colonial: As elites locais e suas rebeliões proporcionaram que o próprio sistema colonial fosse questionado.
Iluminismo e Revolução Francesa: Forneceram as ideias de liberdade política e económica.
Revolução Industrial Inglesa: Promoveu um grande aumento na produção e para que as mercadorias fossem exportadas era preciso abrir os mercados americanos fechados pelo Pacto colonial.
Domínio Francês sobre a Espanha: O trono espanhol foi ocupado por José Bonaparte, irmão de Napoleão, em 1808. Esse fato enfraqueceu a administração espanhola sobre as colónias o que favoreceu a luta pelas independências.
Independência dos Estados Unidos da América: Este promoveu a motivação para a Independência espanhola e portuguesa.
Fases
O processo de independência das colónias espanholas pode ser dividido em três fases.
1ª fase (1780-1810)
1780 – Rebelião no Peru liderado por um líder local chamado Tupac Amaru. O movimento foi reprimido pelos espanhóis e o líder da revolta foi preso e morto.
1804 – Independência do Haiti: Escravos negros se revoltam contra a elite branca que foi expulsa da ilha. Ela esteve unida com a República Dominicana entre 1822-1844. Em 1859 tornou-se uma república.
A população do Haiti actualmente é predominantemente negra compondo-se de 99% de negros e 1% de mulatos.
2ª fase (1810-1816)
Os movimentos de emancipação foram reprimidos pelas tropas espanholas. A principal causa do fracasso foi a falta de apoio dos países estrangeiros.
3ª Fase (1817-1828)
Reorganização dos movimentos de emancipação, que contavam com o apoio da Inglaterra e EUA.
Nessa fase destacaram-se:
Simón Bolívar: Responsável pela libertação da Venezuela, Colômbia e Equador.
José de San Martín: Responsável pela libertação da Argentina, Chile e Peru.
Agustín Itúrbide: Responsável pela libertação do México.
Somente Cuba e Porto Rico ainda permaneceram sob o domínio espanhol.

Cuba - 1898
Cuba a maior ilha do Caribe foi descoberta em 1492 por Cristóvão Colombo. Sendo ocupada por espanhóis que utilizavam a ilha para produzir cana-de-açúcar e tabaco.
A luta pela independência cubana deu-se com a ajuda dos norte-americanos interessados em manter sua hegemonia sobre a ilha. Finalmente em 1898 conseguiu sua emancipação em relação à colónia espanhola. Porém, de 1902-1959 os EUA apoiaram uma sucessão de governos corruptos e sem ligação com o social.
A história cubana começa a tomar outro rumo quando em 1959 houve a Revolução Cubana liderada por Fidel Castro que terminou por instaurar o Regime Socialista em Cuba.
Doutrina Monroe - 1923
Em 1823, com a proclamação da Doutrina Monroe pelos EUA, a independência da América tornou-se irreversível.
Em 1823, o presidente James Monroe, em mensagem ao congresso, anunciou a disposição dos Estados Unidos em impedir qualquer país europeu de estabelecer colónias na América ou intervir em suas questões internas.
Essa mensagem ao Congresso americano, ficou conhecida como a Doutrina Monroe, e seu lema era: a América para os americanos. No entanto, seu verdadeiro significado era: a América para os Estados Unidos.
Divisão em vários países
Os líderes responsáveis pela independência da América Espanhola, como Simon Bolívar, desejavam manter ao menos a unidade dos antigos vice-reinos, mas suas tentativas malograram, pois uma série de guerras civis eclodiu culminando com a fragmentação em diversos estados comandados por lideranças locais.
Sob iniciativa do próprio Bolívar ocorreu a formação da Grande Colômbia formada pela Colômbia, Panamá, Venezuela, Equador e Peru, porém divergências internas culminaram na fragmentação em vários países.
 Governo – Aristocracia Criolla
Os governos da América Espanhola foram assumidos pelos descendentes de espanhóis nascidos na América, os criollos. Eles formavam a classe dominante durante o período colonial e continuaram após as emancipações.
 Independência Restrita - o sonho frustrado da maioria do povo
A independência na América Latina não recompensou os pobres, os expropriados, nem aqueles que realmente lutaram contra o poder espanhol nos campos de batalha.
Quando a paz chegou, após a independência, os donos de terra e os grandes mercadores aumentaram suas fortunas, enquanto se ampliava a pobreza das massas populares oprimidas.
A burguesia latino-americana, verdadeira legião de parasitas, comemorou a independência em taças de cristal britânicas. Puseram em circulação as palavras de ordem da burguesia europeia. E nossos países punham-se ao serviço dos industriais ingleses.
A América Latina logo teve suas Constituições burguesas envernizadas de liberalismo, mas não teve uma burguesia criadora, no estilo europeu ou norte-americano, que se propusesse à missão histórica do desenvolvimento de um capitalismo nacional vigoroso.
As burguesias latino-americanas nasceram como simples instrumentos do capitalismo internacional. Foram simples peças da engrenagem mundial. Assim, uma série de frustrações sucedeu à independência. Frustração económica, social e nacional.

Fpnte:
independenciaamericaespa.blogspot.com.br/2016/03/independencia-da-america-espanhola.htmlhttps://blogdoenem.com.br/america-colonial-espanhola-francesa-inglesa-holandesa/



Objetivo básico das Metrópoles

A colonização da América Latina foi essencialmente a de exploração. As metrópoles não tiveram intenção de alguma de construir nações fortes e desenvolvidas nessa parte das Américas. A política metropolitana era exactamente bloquear qualquer desenvolvimento autônomo da colônia.
A finalidade das metrópoles foi o de explorar o máximo das riquezas, das terras para latifúndio em benefício próprio.
Conflitos entre as colónias e metrópoles
Depois do primeiro século de colonização baseada na exploração começaram a surgir conflitos entre as colónias e as metrópoles. As raízes desse conflito encontravam-se no próprio sistema colonial, ou seja, na forma de opressão das colónias através do pacto colonial.
Pacto colonial
O Pacto colonial era o monopólio comercial entre as metrópoles e suas colónias. Ele determinava que a colónia só poderia comercializar com sua metrópole.
Rebeliões na América Latina
Toda essa situação de opressão resultou em várias rebeliões na América Latina, dominada por portugueses e espanhóis.
As rebeliões foram promovidas pelas elites locais ligadas ao comércio. A principal razão das revoltas era defender os interesses dessas classes privilegiadas e por fim colocou em crise o sistema colonial.
Causas que contribuíram para as independências

Crise do sistema colonial: As elites locais e suas rebeliões proporcionaram que o próprio sistema colonial fosse questionado.
Iluminismo e Revolução Francesa: Forneceram as ideias de liberdade política e económica.
Revolução Industrial Inglesa: Promoveu um grande aumento na produção e para que as mercadorias fossem exportadas era preciso abrir os mercados americanos fechados pelo Pacto colonial.
Domínio Francês sobre a Espanha: O trono espanhol foi ocupado por José Bonaparte, irmão de Napoleão, em 1808. Esse fato enfraqueceu a administração espanhola sobre as colónias o que favoreceu a luta pelas independências.
Independência dos Estados Unidos da América: Este promoveu a motivação para a Independência espanhola e portuguesa.
Fases
O processo de independência das colónias espanholas pode ser dividido em três fases.
1ª fase (1780-1810)
1780 – Rebelião no Peru liderado por um líder local chamado Tupac Amaru. O movimento foi reprimido pelos espanhóis e o líder da revolta foi preso e morto.
1804 – Independência do Haiti: Escravos negros se revoltam contra a elite branca que foi expulsa da ilha. Ela esteve unida com a República Dominicana entre 1822-1844. Em 1859 tornou-se uma república.
A população do Haiti actualmente é predominantemente negra compondo-se de 99% de negros e 1% de mulatos.
2ª fase (1810-1816)
Os movimentos de emancipação foram reprimidos pelas tropas espanholas. A principal causa do fracasso foi a falta de apoio dos países estrangeiros.
3ª Fase (1817-1828)
Reorganização dos movimentos de emancipação, que contavam com o apoio da Inglaterra e EUA.
Nessa fase destacaram-se:
Simón Bolívar: Responsável pela libertação da Venezuela, Colômbia e Equador.
José de San Martín: Responsável pela libertação da Argentina, Chile e Peru.
Agustín Itúrbide: Responsável pela libertação do México.
Somente Cuba e Porto Rico ainda permaneceram sob o domínio espanhol.

Cuba - 1898
Cuba a maior ilha do Caribe foi descoberta em 1492 por Cristóvão Colombo. Sendo ocupada por espanhóis que utilizavam a ilha para produzir cana-de-açúcar e tabaco.
A luta pela independência cubana deu-se com a ajuda dos norte-americanos interessados em manter sua hegemonia sobre a ilha. Finalmente em 1898 conseguiu sua emancipação em relação à colónia espanhola. Porém, de 1902-1959 os EUA apoiaram uma sucessão de governos corruptos e sem ligação com o social.
A história cubana começa a tomar outro rumo quando em 1959 houve a Revolução Cubana liderada por Fidel Castro que terminou por instaurar o Regime Socialista em Cuba.
Doutrina Monroe - 1923
Em 1823, com a proclamação da Doutrina Monroe pelos EUA, a independência da América tornou-se irreversível.
Em 1823, o presidente James Monroe, em mensagem ao congresso, anunciou a disposição dos Estados Unidos em impedir qualquer país europeu de estabelecer colónias na América ou intervir em suas questões internas.
Essa mensagem ao Congresso americano, ficou conhecida como a Doutrina Monroe, e seu lema era: a América para os americanos. No entanto, seu verdadeiro significado era: a América para os Estados Unidos.
Divisão em vários países
Os líderes responsáveis pela independência da América Espanhola, como Simon Bolívar, desejavam manter ao menos a unidade dos antigos vice-reinos, mas suas tentativas malograram, pois uma série de guerras civis eclodiu culminando com a fragmentação em diversos estados comandados por lideranças locais.
Sob iniciativa do próprio Bolívar ocorreu a formação da Grande Colômbia formada pela Colômbia, Panamá, Venezuela, Equador e Peru, porém divergências internas culminaram na fragmentação em vários países.
 Governo – Aristocracia Criolla
Os governos da América Espanhola foram assumidos pelos descendentes de espanhóis nascidos na América, os criollos. Eles formavam a classe dominante durante o período colonial e continuaram após as emancipações.
 Independência Restrita - o sonho frustrado da maioria do povo
A independência na América Latina não recompensou os pobres, os expropriados, nem aqueles que realmente lutaram contra o poder espanhol nos campos de batalha.
Quando a paz chegou, após a independência, os donos de terra e os grandes mercadores aumentaram suas fortunas, enquanto se ampliava a pobreza das massas populares oprimidas.
A burguesia latino-americana, verdadeira legião de parasitas, comemorou a independência em taças de cristal britânicas. Puseram em circulação as palavras de ordem da burguesia europeia. E nossos países punham-se ao serviço dos industriais ingleses.
A América Latina logo teve suas Constituições burguesas envernizadas de liberalismo, mas não teve uma burguesia criadora, no estilo europeu ou norte-americano, que se propusesse à missão histórica do desenvolvimento de um capitalismo nacional vigoroso.
As burguesias latino-americanas nasceram como simples instrumentos do capitalismo internacional. Foram simples peças da engrenagem mundial. Assim, uma série de frustrações sucedeu à independência. Frustração económica, social e nacional.

Fpnte:
independenciaamericaespa.blogspot.com.br/2016/03/independencia-da-america-espanhola.htmlhttps://blogdoenem.com.br/america-colonial-espanhola-francesa-inglesa-holandesa/


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