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sábado, 31 de março de 2018

agricultura orgânica dentro da ética


Introdução

Este presente tem como objectivo informar sobre aspetos importantes que fazem parte das discussões e ações da construção de uma viabilidade da agricultura orgânica dentro da ética. Relacionam-se, a seguir, algumas características relativas à eficiência, produtividade e manutenção dos princípios básicos dos processos de produção agrícola da agricultura orgânica. Com isto queremos transmitir uma visão abrangente sobre este sistema que visa à produção como um todo, desde o preparo do solo ate o consumidor final.









    Índice

















Agricultura orgânica

Agricultura orgânica ou agricultura biológica é termo frequentemente usado para designar a produção de alimentos e outros produtos vegetais que não faz uso de produtos sintéticos, tais como fertilizantes e pesticidas, nem de organismos genericamente modificados, e geralmente adere aos princípios de agricultura sustentável ou seja a agricultura orgânica enfatiza o uso e a pratica de manejo sem o uso de fertilizantes de alta solubilidade e agrotóxicos, alem de reguladores de crescimento e aditivos sintéticos para a alimentação animal.

Princípios da agricultura orgânica

·         O solo é considerado um organismo vivo, e dele deve ser retirado o mínimo possível.
·         Uso de adubos orgânicos de baixa solubilidade.
·         Controle com medidas preventivas e produtos naturais.
·         O mato (ervas daninhas) faz parte do sistema. Pode ser usado como cobertura de solo e abrigo de insetos.
·         Baixo teor de nitrato nas plantas.
Métodos utilizados
As técnicas usadas neste tipo de agricultura visam a utilização de recursos naturais renováveis e não renováveis de mais eficiente, alinhando esse aproveitamento com os processos biológicos presentes no ecossistema e na biodiversidade de uma determinada região.

Métodos da agricultura orgânica

Adubação verde
A adubação verde é o cultivo de plantas que estruturam o solo e o enriquecem com nitrogénio, fosforo, enxofre, cálcio e micronutrientes. As plantas  de adubação verde devem ser rusticas e bem adaptadas a cada região para que descompactem o solo com suas raízes vigorosas e produzam grande volume de massa verde para melhorar a matéria orgânica, a melhor fonte de nutrientes para a planta.
Adubação orgânica
a adubação orgânica é feita através da utilização de vários tipos de resíduos, tais como: esterco curtido, vermicomposto de minhocas, compostos fermentados, biofertilizantes enriquecidos com micronutrientes e cobertura morta. Todos esses materiais são ricos em organismos uteis, macro e micro nutrientes, antibióticos naturais e substâncias de crescimento.
Adubação mineral
A adubação mineral é feita com adubos minerais naturais de sensibilidade lenta, tais como: po de rochas, restos de mineração, etc. estes adubos fornecem nutrientes como cálcio, fosforo, magnésio, potássio e outros, em doses moderadas, conforme as necessidades da planta.
Não usar agrotóxicos
Os agrotóxicos, alem de contaminar as aguas, envenenar os alimentos, matar os inimigos naturais dos parasitas e contaminar quem os manuseia, desequilibram as plantas, tornando-as mais susceptiveis.
É comum que logo depois de uma aplicação de agrotóxicos as plantas sofram ataques ainda mais fortes, obrigando o agricultor a recorrer a venenos mais fortes ainda.
Não uso adubos químicos solúveis.
Este tipo de adubação é a causa de dois problemas sérios: a morte de microrganismos uteis do solo e a absorção forcada pela plantas, pois estes sais, alem de se solubilizarem na agua do solo, apresentam-se em altas concentrações. Este processo resulta em desequilíbrio fisiológico da planta deixando-a suscitável aos parasitas.
Usar defensivos naturais
Defensivos naturais são produtos que estimulam o metabolismo das plantas quando pulverizados sobre elas. Estes compostos, geralmente preparados pelo agricultor, não são tóxicos e são de baixo custo. Como por exemplos podemos citar: biofertilizantes enriquecidos, agua de verme composto, cinzas, soro de leite, enxofre, calda bordalesa, calda sulfocalcica, etc.
Combinação e rotação de culturas
Esta consiste em cultivar conjuntamente plantas de diferentes famílias, com diferentes necessidades nutricionais e diferentes arquiteturas de raízes, que venham a se complementarem. Como, por exemplo, o plantio conjunto de gramíneas (milhos) e leguminosas (feijão).
Também podem ser utilizadas planta consideradas que retiram nutrientes de camadas profundas, colocando-os em disponibilidade na superfície e produzem grande volume de biomassa.
Antes de implantar a cultura, estas plantas são incorporadas através de aração rasa para que se decomponham e deixem os nutrientes disponíveis às culturas.

Relevância económica dos produtos orgânicos

O movimento orgânico cresce em todo o mundo, e mesmos nos EUA é grande o número de homogardeners que utilizam a produção orgânica, pessoas que optaram por produzir em casa os vegetais que consomem para garantir a isenção de agrotóxicos.
A produção orgânica, por sua própria natureza, se adequa à pequena propriedade rural, e com frequência esses produtores se organizam em cooperativas para comercializar seus produtos. Essa organização permite o contacto direto com o mercado consumidor, crescente nos grandes centros. A demanda por produtos orgânicos tem sido maior oferta, levando a um aumento dos preços dos alimentos orgânicos (e consequentemente, um aumento na renda dos seus produtores). Alem disso, cresce o número de feiras de produtos orgânicos, onde o produtor vende direto ao consumidor.
O comércio internacional de produtos orgânicos tem nos países da Europa setentrional um de seus grandes compradores.

Benefícios da Agricultura Orgânica

·         Ausência de agrotóxicos: nenhum pesticida sintético é usado durante a produção de produtos orgânicos, fazendo com que os alimentos sejam mais saudáveis.
·         Melhoria da vida no campo: a agricultura orgânica contribui na melhoria das condições de vida socioeconómica das comunidades rurais. Cultivos orgânicos necessitam de mais mão-de-obra, gerando emprego e renda aos que vivem longe das cidades.
·         Conservação do solo: a produção orgânica visa à conservação d fertilidade do solo, com a prática de rotação de culturas.
·         Redução de poluição ambiental: A agricultura orgânica protege o planeta. Evita o desgaste e poluição do solo, promove um ecossistema equilibrado, já que serão necessários todos os predadores naturais das pragas para evitarem a proliferação das mesmas. Não contamina rios, solos e os animais como pássaros que são afetados pelos produtos químicos das plantações normais.
·         Manutenção de bem-estar animal: na produção orgânica de animais, eles são alimentados somente com produtos orgânicos e são mantidos em locais mais espaçosos e menos estressantes, reduzindo o uso de hormônios artificiais ou antibióticos sintéticos.
·         Promoção da biodiversidade: a conservação do solo e a ausência de agrotóxicos auxiliam na preservação de pássaros, insetos e outros animais da região.

Constrangimentos da agricultura orgânica

·         Os males provocados por alimento estragado (isto é, sem conservação adequada) é comprovadamente maior do que o consumo de produtos químicos artificiais em níveis convencionais.
·         Há o risco aumentado de que alimentos cultivados organicamente apresentem doenças naturais, como vírus e fungos potencialmente prejudiciais aos seres humanos.
·         As práticas de agricultura orgânica causam mais danos ambientais que as práticas convencionais, por exemplo dizem que prepara a terra para plantar usando o herbicidaglifosato reduz a erosão da terra em comparação com o uso de um arado.
·         As fazendas orgânicas são menos produtivas, requerem que mais terra seja usada para produzir a mesma quantidade de alimentos e provocam mais perda de solo.
·         A agricultura orgânica só funciona de forma aceitável atualmente porque as doenças e as pragas dos vegetais e dos animais são barradas pelo controlo realizado pelas fazendas convencionais, não se disseminando assim às fazendas orgânicas.
·         Os produtores rurais que por serem em grande número e por produzirem produtos homogéneos, trabalham no regime de concorrência ou competição perfeita, são obrigados a aceitar ou tomar os preços determinados pelo poder oligopolistico dessas grandes empresas.
·         O lucro dos produtos rurais que utilizam insumos técnicos industriais tenda a zero, isto é, apenas produtores mais eficientes (os conseguem produzir a custos menores que os custos médios de produção) conseguem ter lucro. Assim, estes produtores tendem aumentar as suas áreas de produção e os menos eficientes tendem a sair da atividade e desta maneira, exacerbam o problema social conhecido como êxodo rural.
·         Os críticos da agricultura orgânica também atacam a sua produtividade, que é muito mais baixa que a demanda mundial. De acordo com eles, se fosse possível sua implementação no mundo todo, faltariam alimentos para a população.

Mercado dos produtos orgânicos

Segundo o estudo produzido pelo The Future Laboratory em parceria com a Voltage, agencia produtora de Human Insights, o mercado de alimentos orgânicos deve movimentar USṨ 104,5 bilhões, em 2015 e o de funcionais, responsáveis por alterar a percepção que os consumidores têm dos alimentos geneticamente modificados, deve facturar, em 2014, USṨ 29,8 bilhões.
Para uma melhor qualidade de vida, as pessoas buscam cada vez mais alimentos saudáveis para comporem sua alimentação. Seguindo este novo modo de vida, surge um mercado para os produtos orgânicos em ascensão mundial. Este mercado, que primeiramente se originou na Europa, disseminou-se rapidamente para o resto do mundo.
A agricultura orgânica tem-se desenvolvido rapidamente no mundo, nos últimos anos, e é hoje praticada em 138 países.
Os países com maiores áreas de produção orgânicas são, respectivamente, Austrália, com 12,29 milhões hectares, China, com 2,3 de hectares e Argentina com 2,22 milhões de hectares.
Em África, os produtos oriundos da agricultura sob maneio orgânico são raramente certificados, e em alguns países este mercado não é possível. Mesmo assim, as propriedades orgânicas têm aumentado, especialmente nos países do sudoeste, como a Tanzânia, Zâmbia, Zimbabwe e Moçambique.

Países produtores e consumidores

A agricultura orgânica é praticada com fins comerciais em 120 países, nos quais ocupa cerca de 31 milhões de hectares, segundo um relatório publicado pela FAO.
Este tipo de agricultura não é somente um fenómeno dos países desenvolvidos. Algumas projecções sugerem que a agricultura orgânica «tem o potencial» de cobrir a demanda mundial de alimentos, assim como a do tipo tradicional faz hoje, mas com «um impacto menor sobre o meio ambiente».
A FAO dedica-se à agricultura orgânica, e apresenta um relatório sobre seu papel na segurança alimentar, no qual se identificam as vantagens e os inconvenientes destas plantações.
O traço principal da agricultura orgânica é que se baseia em recursos produtivos, presentes ao nível local, não dependendo de combustíveis fósseis. Além disso, por trabalhar com processos naturais, aumenta a rentabilidade e a resistência dos ecossistemas agrícolas às condições meteorológicas adversas.
Segundo dados compilados pelo ITC a Europa é o maior produtor e consumidor dos produtos orgânicos seguida pelos Estados Unidos e pelo Japão.

Principios ambientais e sociais da agricultura orgânica

A agricultura orgânica obedece a certos princípios básicos ambientais e sociais que envolvem o novo sistema de produção. Deve além de considerar e respeitar os limites estabelecidos pela natureza, valorizar o conhecimento prático dos agricultores, as suas habilidades e preocupar-se com a participação dos consumidores.
Nesse contexto, é necessário que haja uma relação adequada entre o produtor e o consumidor. Nas entidades ligadas ao processo devem dar valor a opinião pública, usando como base a ética, onde o consumidor é o elemento chave nas conversações.
A agricultura orgânica cria um sistema pelo qual agricultores e especialistas agrícolas possam interagir de forma que não seja condescende com os agricultores ou negue a individualidade de seus problemas, e que ao mesmo tempo mantenha a integridade e a unidade das recomendações que os especialistas tenham a oferecer.






 

 

 


Conclusão

Com o presente trabalho, conclui-se que alimentos orgânicos são mais do que um produto sem agrotóxicos, mais é o resultado de uma produção agrícola, que maneja o solo para equilibra-lo, para esse tipo de produção, visando a qualidade do alimento.
Os alimentos orgânicos vêm crescendo em toda Europa de forma rápida, devido aos Europeus aprovarem a ideia de ter em sua mesa um alimento saudável e que ainda não prejudique ao meio ambiente.






















Referências bibliográficas



























 

 


sanidade vegetal e animal - Biologia


1.Introdução

O presente trabalho tem por objectivo aprimorar conhecimentos sobre a sanidade vegetal e animal, e tem como objectivo mostrar os aspetos existentes em comum nos temas anteriores citados, visto que eles são ramos de uma mesma disciplina mas com objetivos diferentes, a sanidade vegetal se dedica nas plantas, enquanto a sanidade animal se empenha nos animais, mas o principal objectivo deste trabalho e de identificar possíveis aspetos comuns entre eles existentes, e também como forma de dominar esses ramos de agricultura como também de pecuaria.







  


    Índice










2.Sanidade vegetal e animal

Sanidade animal e vegetal são práticas destinadas a identificar, prevenir, controlar ou erradicar os organismos nocivos capazes de causar ou provocar prejuízos económicos.

3.Agentes causadores de doenças

Os agentes causadores de doenças tanto nas plantas como nos animais são: vírus, bactérias e fungos.
Ø  Vírus são microrganismos obrigatoriamente parasitas que podem causar doenças aos animais e plantas, a sua disseminação tanto nos animais como nas plantas ocorre através dos insetos.
Ø  Bactérias são seres unicelulares microscópicos observáveis com auxílio de microscópio optico e que se reproduzem por divisão celular e vivem retirando alimento das plantas e dos animais, a sua disseminação tanto nos animais como nas plantas ocorre através da água.
Ø  Fungos são plantas sem clorofila e de tamanho microscópico e que não podem elaborar por si o seu próprio alimento através da fotossíntese sendo chamados de parasitas a sua disseminação tanto nas plantas como nos animais ocorre através dos esporos que podem ser levados da infectada para outra espécie sãs por varias vias.

4.Formas de propagação das doenças

As formas de propagação das doenças tanto nas plantas como nos animais são:
·         Transmissão pelo ar; o ar é a principal forma de transmissão de doenças pois havendo condições favoráveis (humidade pela agua e frio) alguns patógenos como o vírus podem propagar se a 100 km de distancia
·          Transmissão pela água; em geral estes transportam patogenos de plantas e animais infetadas para as sadias.
·          Transmissão pelos vetores (insetos); mastigadores ou sugadores podem veicular doenças.
·         Transmissão pelo vento

5.Importância do controlo de fronteiras de forma geral

Controlo de fronteiras é uma atividade cujo objectivo é observar, controlar ou impedir a entrada ou saída de animais ou plantas portadores de algumas doenças para evitar a sua transmissão.
O controlo de fronteiras é importante porque :
·         Protege o país da introdução de doenças exóticas;
·         Combate todas as doenças existentes para que não se alastrem para todo o território nacional;
·         Controlar que os alimentos de origem animal e vegetal sejam seguros para a saúde humana;

















 


 


 


6.Conclusão

Concluindo podemos afirmar que este trabalho foi para nos, muito importante visto ter proporcionado conhecimentos significativos na realização de meus conhecimentos acerca de sanidade animal e vegetal, visto que eles apresentam muitos aspectos em comum, e

 

























7.Referencias Bibliográficas

TULA, José, AP11 Agro-Pecuaria 11ª classe, 1ª ed, Maputo, Texto Editores, 2013































sistema excretor - BIOLOGIA

sistema excretor

Introdução

Neste trabalho irei apresentar o sistema excretor (urinário) o qual é formado por: dois rins, dois ureteres, uma bexiga urinaria e uma uretra, abordarei também suas funções, a comparação dos seus órgãos, as excreções de substancias azotadas, a estrutura e o funcionamento do rim do Homem.











Índice
















Sistemas de excreção

Funções do sistema excretor

Apesar das variações do ambiente: temperatura, composição química, pH, etc, os animais tem a capacidade de manter a estabilidade do meio interno. Essa capacidade é designada homoestase.
De entre aos mecanismos envolvidos na manutenção da homoestase podem destacar-se:
·         A osmorregulação- conjunto de mecanismos pelos quais são controladas  as concentrações de sais e de água e, portanto, os valores da pressão osmótica dos fluidos corporais.
·         A excreção- função através do qual os organismos se libertam dos produtos resultantes do catabolismo, muitos dos quais tóxicos e prejudiciais.

Formas de manutenção do equilíbrio osmótico de água

As células vivas estão sujeitas a sofrer osmose, um processo físico que as leva a perder ou ganhar agua. Ao longo do processo evolutivo, os animais desenvolveram diversos mecanismos para regular o processo osmótico. Esses mecanismos constituem o que se denomina osmorregulação.
Os animais que vivem num ambiente marinho tem fluidos corporais menos concentrados que o meio. Por isso eles estão continuamente a perder agua para o meio devido a osmose.
Para compensar essa perda, os peixes ósseos marinhos bebem agua salgada e são capazes de eliminar o excesso do sal ingerido através da superfície das brânquias. Aves marinhas, como as gaivotas, possuem glândulas nasais especializadas em eliminar excessos de sais no corpo. Mamíferos marinhos, como as baleias e golfinhos, apesar de não beber agua salgada, ingerem sempre um pouco da agua do mar junto com os alimentos. O equilíbrio osmótico desses animais é conseguido por meio de eliminação de sais pelos rins através da urina.
Os animais de agua doce  tem problema osmótico inverso ao dos animais de agua salgada. As células e líquidos internos dos animais de agua doce são hipertónicos em relação ao meio, de modo que estão sempre absorvendo agua por osmose.
Os peixes de agua doce têm de eliminar grande quantidade de agua na urina, e com isso, perdem sais importantes. Essa perda salina é compensada pela absorção ativa de sais através do epitélio que reveste as brânquias.
No ambiente terrestre os animais têm de ingerir bebendo-a ou comendo alimentos aquosos. Também têm de evitar a perda de agua por dessecação desenvolvendo camadas impermeáveis, como a concha dos moluscos terrestres, o exoesqueleto dos insectos ou a camada de queratina da epiderme dos vertebrados terrestres.
Para os vertebrados terrestres, a osmorregulação consiste em ingerir agua e sais em quantidades  suficientes evitando que essas substâncias faltem ou se acumulem no sangue. Os rins são os principais órgãos encarregados de manter o sangue na tonicidade adequada através da eliminação dos excessos de agua, sais e outras substâncias osmoticamente ativas na urina.

Comparação dos órgãos excretores

Animais que fazem parte das esponjas e celenterados não possuem órgãos excretores. As células do corpo desses animais eliminam as excreções diretamente na agua circundante.
Em diversos invertebrados existem tubos simpres ou ramificados que se abrem para o exterior do corpo por intermedio de poros excretores. Esses órgãos são os chamados órgão nefrídios que podem ser de dois tipos: protonefrídios e metanefrídios.
Os protonefrídios estão presentes nos platelmintes. São compostos por diversos tubos ramificados, ligados a células especializadas denominadas células-flama. Essas células removem agua e excreções dos espaços entre as células e lançam essas substâncias nos tubos com os quais comunicam. O batimento de um conjunto de cílios presente nas células-flama impulsiona as excreções até aos poros excretores que se abrem na superfície do corpo.
Os metanefrídios estão presentes em anelídeos e em moluscos. Diferem dos protonefrídios basicamente por serem tubos abertos nas duas extremidades. Uma das aberturas, o nefróstoma, tem a forma de um funil ciliado de abre-se na cavidade celomica. A outra abertura é o nefridioporo ou poro exterior localizado na superfície do corpo.
O nefróstoma absorve fluido presente na cavidade celomica conduzindo-o através de um tubo que constitui o metanefrídio. Esse tubo é cercado por uma rede de capilares sanguíneos que reabsorvem substâncias úteis. Certas excreções do sangue, por sua vez, passam dos capilares para o tubo do metanefrídio.
À medida que o fluido percorre o metanefrídio, sua composição altera-se: agua e substancias uteis, como glicose e sais minerais, são reabsorvidas, enquanto excreções nitrogenadas e substancias em excesso concentram-se progressivamente.
Os túbulos de Malpighi são os órgãos excretores dos insectos e de alguns outros artrópodes. São estruturas que se desenvolvem na porção posterior do corpo. A extremidade livre dos túbulos de Malpighi é fechada e está mergulhada na cavidade do corpo banhada pelo sangue, dando-se a filtração através da parede do tubo. O filtrado é conduzido para o recto onde são reabsorvidas para o sangue grandes quantidades de agua, bem como alguns sais minerais. O acido úrico e outras substâncias são eliminados como uma pasta semi-seca juntamente com as fezes.
Os rins são os órgãos excretores dos vertebrados. Cada rim é formado por milhares de unidades filtradoras, os nefrónios. O tipo de nefrónio e a localização dos rins variam nos diferentes grupos de vertebrados.
Há três tipos básicos de rins: pronefro, mesonefro e  metanefro.
O rim pronefro localiza-se na região anterior do corpo, sendo também chamado rim cefálico. Esse tipo de rim é formado por nefrons tubulados dotados de um funil ciliado que de abre na cavidade celomica. As excreções retiradas do fluido celomico são lançadas em ductos excretores que os levam para fora do corpo. O rim pronefro  aparece na fase embrionária de todos os vertebrados, desaparecendo em seguida.
O rim mesonefro localiza-se na região torácica sendo também chamado rim torácico. Ele é formado por nefrons tubulares, dotados de um funil ciliado, que remove excreções do celoma, e de uma capsula filtradora (capsula de Bowmen) que remove secreções diretamente do sangue. O rim mesonefro é o órgão de excreção dos peixes e dos anfíbios adultos. Está presente na fase embrionária dos repteis, aves e mamíferos, desaparecendo na fase adulta.
O rim metanefro localiza-se no abdómen, sendo também chamado rim abdominal. É formado por unidades filtradoras dotadas de uma capsula (capsula de Bowmen) que retira as excreções diretamente do sangue; não há funil ciliado. É o órgão de excreção de repteis, aves e mamíferos adultos.

Excreções de substâncias azotadas

As substâncias nitrogenadas excretadas pelos animais são denominadas excreções. Fazem parte destas substâncias nitrogenadas a amónia, a ureia e o  acido úrico.
Do metabolismo dos aminoácidos resulta sobretudo amoníaco (NH) que reage com agua formando amónia (NH).
A excreção da amónia apresenta vantagens, tais como: o trabalho metabólico e o gasto energético são pequenos; a amónia atravessa rapidamente as membranas , sendo eliminada com grande facilidade. A amónia é muito toxica e a sua excreção exige grande quantidade de agua. A maioria dos animais aquáticos excreta rapidamente a amónia pelas branquias, pelos  rins e pela superfície do corpo.
Para os animais terrestres a perda de grande quantidade de agua poderia tornar-se perigosa. Nos repteis, aves e insectos, a solução apresentada consiste na conversão da amónia num produto menos tóxicos e menos solúvel- o acido úrico. Nos mamíferos e em alguns anfíbios, a partir da amónia é também produzida ureia. A ureia e o acido são, mais tarde removidos dos rins e eliminados na urina.

Estrutura e funcionamento do rim do Homem

Os rins fazem parte do sistema urinário que é constituído por um par de rins, um par de ureteres, pela bexiga e pela uretra.
Os rins tem cor vermelho-escura, forma de feijão e cada um mede pouco mais de 10 cm. eles localizam-se na parte posterior do abdómen, logo abaixo do diafragma, um de cada lado da coluna vertebral.  Num corte longitudinal, o rim apresenta internamente varias zonas: a capsula renal, a zona cortical (córtex), a zona medular (medula) e o bacinete.
Na zona cortical encontram-se os nefrónios, estruturas responsáveis pela filtração do sangue e remoção das excreções. Cada rim representa mais de um milhão de nefrónios. Na região da medula localizam-se os tubos coletores da urina.
O nefrónio é considerado uma unidade estrutural e funcional do rim dos mamíferos, incluindo o Homem. É constituído por uma porção tubular- tubo unifero, e formações vasculares das quais se destaca um glomérulo de capilares sanguíneos- Glomérulo de Malpighi. O nefrónio é uma longa estrutura tubular que possui, numa das extremidades, uma expansão em forma de taça ou funil, denominada Capsula de Bowman. Esta conecta-se com o tubo proximal que continua pela Ansa de Henle e pelo tubo distal. Esta desemboca num tubo coletor que abre no bacinete.
Existem diferentes fases da formação da urina, nomeadamente: filtração, reabsorção e secreção. A etapa de filtração acontece no Glomérulo de Malpighi. Sob pressão elevada, as paredes dos capilares sanguíneos filtram cerca de 20% do fluido do plasma sanguíneo recolhido pelas capsulas de Bawman. Essas substâncias são agua, ureia, glicose, aminoácidos, sais minerais e diversas outras moléculas de pequeno tamanho. As proteínas, pelo grande peso molecular, não são filtradas. A sua presença na urina, é indicio de certas doenças do rim.
A filtração é um processo pouco seletivo. Muitas substâncias importantes para o metabolismo ( como glicose, aminoácidos, vitaminas, etc.) são filtradas. Dai que sejam necessário serem absorvidas.
A reabsorção das substâncias, como glicose, aminoácidos  e iões de certos minerais, decorre por transporte activo, com gasto energético. Outras substâncias, tais como agua, são arrastados passivamente por osmose. As substancias reabsorvidas entram de novo na circulação sanguínea através dos capilares que envolvem os tubos uniferos. O processo de reabsorção decorre ao nível da região do tubo proximal e da Ansa de Henle.
A secreção é a capacidade de segregar substancias, ou seja, de retirar substancias diretamente do sangue para serem expelidas. Este processo decorre na parte final do tubo unifero. A ureia, por não ser reabsorvida pelas paredes do nefrónio, é o principal constituinte da urina.




Conclusão

Conclui este presente trabalho relatando a importância do sistema excretor na vida do ser humano e dos animais, no qual se filtram as substancias boas para o organismo dando vida as novas células e excluindo as reações químicas ruis para fora do corpo.
























Referências bibliográficas

MÜLLER, Susann. B12.aclasse. 1.a ed. S/L. Textos Editores, LDA. S/D.  





















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