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sexta-feira, 9 de setembro de 2022

SISMOS

SISMOS

Conceitos e causas dos sismos

Uma das indicações de que a crusta terrestre não está completamente estável é a ocorrência de tremores de terra ou sismos. Os sismos são movimentos bruscos, geralmente de curta duração, muitas vezes com efeitos desastrosos na superfície terrestre, produzidos pela libertação de energia sob a forma de ondas sísmicas. Estas vibrações têm como principais causas o vulcanismo, os movimentos tectónicos e os desabamentos. Os sismos têm origem no interior da crusta ou do _ - manto, num local denominado hipocentro ou foco. A ocorrência de sismos está frequentemente associada aos movimentos das placas tectónicas.

Intensidade sísmica e indumentos de medição

Os tremores ou vibrações provocados pelos sismos propagam-se pelas rochas através das sísmicas.

 

Atendendo à profundidade a que se situam os respectivos focos, os sismos classificam-se como superficiais (até aos 70 km), intermédios (entre 70 a 300 km) e profundos (entre 300 a 700 km), estando estes últimos quase sempre associados às fossas abissais.

 Efectivamente, nem todos os abalos sísmicos são sentidos pelo ser humano, pois estes possuem intensidades variáveis segundo a quantidade de energia libertada pelo foco e a distância ao epicentro, assim como o tipo de materiais por onde se propagam as ondas sísmicas.

Preocupado em compreender este fenómeno (sismo) que acontece no nosso planeta, o Homem concebeu um instrumento ou aparelho para medir a intensidade das ondas sísmicas, o sismógrafo.

Funcionamento do sismógrafo

Os sismógrafos são aparelhos formados por um corpo pesado (pêndulo) pendente de urna mola, que está preso a um braço de um suporte fixado num, leito de rochas.

No pêndulo é colocado um equipamento que emite um raio de luz para um cilindro colocado: na sua frente. O cilindro é movido por um mecanismo semelhante ao do relógio e possui u papel fotográfico sensível à luz emitida pelo equipamento situado no pêndulo.

Se a crusta terrestre é abalada por um sismo, o cilindro move-se e o pêndulo, inércia, manter-se-á imóvel e registará, no papel fotográfico existente no cilindro, as vibrações. O registo, das vibrações ou ondas sísmicas (a tabela seguinte mostra o tipo de ondas e as suas característica) no papel fotográfico dá origem a linhas onduladas. Os gráficos elaborados por sismógrafos denominam-se sismogramas.

 

Tabela 1 Escala de Mrcalli

Ondas sísmicas

Principais características

Ondas P ou primárias

Originam-se no hipocentro e são de pequena amplitude, mas a sua velocidade aumenta com a profundidade, sendo as primeiras a atingir a superfície terrestre,

Designam se também por ondas de compressão ou longitudinais. Propagam-se tanto em meios sólidos como em meios líquidos.

Ondas S ou secundárias

Tem origem no hipocentro, permitindo uma amplitude superior as ondas P, mas a sua velocidade de propagação é inferior as ondas P. são designadas também por ondas transversais ou de cisalhamento e propagam-se apenas em meios sólidos.

Ondas Lou love

São ondas superficiais, ou seja, propagam-se a superfície do globo (Plano Horizontal) a partir do epicentro. São ondas de grande amplitude, de velocidade sensivelmente constante, mas a sua velocidade é menor do que a das ondas P ou S.

 

Consequências ou efeitos dos sismos

Um dos processos que permitem avaliar a intensidade do abalo sísmico consiste em atender ao seu efeito sobre os objectos. Existem varias escalas de intensidade sistémica, entre as quais se destacam a de Rossi-Forel (em uso a partir de 1883) e a de Mercalli ( a partir de 1992), sendo esta ultima a mais usada, devido a sua simplicidade.

 

 

Escala -grau

Consequências ou efeitos

I — imperceptível

 

Detectado e registado apenas por sismógrafos.

II — muito fraco

Sentido por certas pessoas em completo repouso. Os objectos localizados em andares superiores dos edifícios oscilam.

 

III - fraco

 

Sentido por poucas pessoas e em geral durante a noite. Os objectos estão parados, como os carros, podem deslocar-se.

IV - médio

Ao ar livre é sentido por poucas pessoas; no interior das casas algumas pessoas que estão em repouso acordam, a loiça entrechoca-se e o chão e as portas rangem.

 

V — pouco forte

A maioria das pessoas sente-o. Os móveis deslocam-se, os candeeiros de tecto oscilam, os pêndulos dos relógios param, os líquidos entornam-se e as portas e as janelas partem-se.

 

VI — forte

 

Sentido por todas as pessoas. A mobília desloca-se, os livros caem das estantes, a loiça parte-se e o estuque das paredes cai.

 

VII — muito forte

 

As pessoas entram em estado de pânico. Abrem-se fendas nos edifícios de estruturas fracas, as paredes das habitações esburacam-se, partem-se os vidros e as janelas. É sentido nos carros em movimento. Formam-se ondas nos rios e lagos e as suas águas tornam-se turvas.

 

VIII - destruidor

 

Alarme geral, todas as pessoas entram em pânico e fogem das suas habitações. Abrem-se enormes fendas nas paredes das casas, os móveis pesados são projectados com violência, as estátuas caem ou rodam sobre a sua base, as árvores oscilam fortemente e ocorrem deslizamentos em vertentes.

 

IX - ruinoso

 

Pânico total entre as pessoas. Destruição total ou parcial das habitações, grande número de vítimas sobre os escombros.

 

X - desastroso

 

As estruturas dos edifícios ficam totalmente destruídas, os carris torcidos, as pontes ruem, abrem-se fendas no chão ou pavimento e as condutas de água e gás rompem-se. Formam-se nos rios e lagos ondas gigantes e verificam-desprendimentos de terra.

 

XI - muito desastroso

 

Não fica de pé nenhum edifício. As pontes, as estradas e os diques são destruídos. As linhas férreas ficam completamente torcidas e registam-se levantamentos e abatimentos do terreno, Danos humanos e materiais incalculáveis.

XII – catastrófico

 

Todas as paisagens naturais e humanizadas ficam destruídas. Surgem grandes falhas, verificam-se deslocamentos de terra, os rios são desviados do seu curso, os lagos desaparecem e formam-se outros.

 

A energia libertada pelo sismo também pode ser medida através da magnitude sísmica, pela da escala de Richter. É uma escala logarítmica e corresponde ao logaritmo da medida da amplitude das ondas P e S a 100 km do epicentro.

Distribuição Geográfica das regiões sísmicas

Os sismos não se distribuem uniformemente por toda a superfície terrestre, concentrando-se antes em faixas de extensão e largura variáveis. Estas faixas seguem sensivelmente as zonas de contacto das placas tectónicas.

Na tabela seguinte apresentam-se as regiões com maior intensidade sísmica à face da Terra.

Tabela 2 zonas de intensa actividade sísmica no Globo

 

 

Zona sísmica Localização/Descrição Zona circumpacífica ou anel de fogo do Pacífico

Corresponde a uma longa e estreita faixa que rodeia o oceano Pacífico, onde os abalos sísmicos são extremamente numerosos. Abrange a parte ocidental da América do Sul (Chile, Peru, Bolívia, Equador e Colômbia), a América Central (México), a América do Norte (Califórnia, o Sul do Alasca, as ilhas Aleútas e as ilhas Curilhas), o arquipélago do Japão, as Filipinas, a Indonésia, a Nova Zelândia, a Nova Guiné e muitas outras ilhas que bordejam o Pacífico. Mais de 80% da energia sísmica é libertada nesta região do Globo.

Zona Mesogea ou a Faixa Himalaia-Alpina

É uma zona mais larga, comparada com a anterior Engloba todo o sistema Hírnalaio-Alpino. Estende-se a partir da Península Ibérica e do Norte de África. Afecta a faixa do Mediterrâneo (Argélia, Itália, Grécia e Turquia), Irão, Afeganistão, Paquistão, Tibete, Birmânia até à Indonésia, onde se liga à zona circumpacífica.

Zona da crista central do Atlântico

Estende-se desde a Península Ibérica até ao arquipélago dos Açores. Estabelece ligação com a zona Mesogea.

Zona do Vale do Rift ou Rift VoIley (África Oriental)

Corresponde à zona de fracturas do Vale do Rift. Nesta zona, e ainda noutras de menor importância, liberta-se apenas 5% da energia sísmica.

 

 Livro de Geografia 11 classe Pre-universitario. Francisco Jorge Manso. , Geraldo Cardoso, Logman , MOCAMBIQUE. 2015.

 

SISMOS

Conceitos e causas dos sismos

Uma das indicações de que a crusta terrestre não está completamente estável é a ocorrência de tremores de terra ou sismos. Os sismos são movimentos bruscos, geralmente de curta duração, muitas vezes com efeitos desastrosos na superfície terrestre, produzidos pela libertação de energia sob a forma de ondas sísmicas. Estas vibrações têm como principais causas o vulcanismo, os movimentos tectónicos e os desabamentos. Os sismos têm origem no interior da crusta ou do _ - manto, num local denominado hipocentro ou foco. A ocorrência de sismos está frequentemente associada aos movimentos das placas tectónicas.

Intensidade sísmica e indumentos de medição

Os tremores ou vibrações provocados pelos sismos propagam-se pelas rochas através das sísmicas.

 

Atendendo à profundidade a que se situam os respectivos focos, os sismos classificam-se como superficiais (até aos 70 km), intermédios (entre 70 a 300 km) e profundos (entre 300 a 700 km), estando estes últimos quase sempre associados às fossas abissais.

 Efectivamente, nem todos os abalos sísmicos são sentidos pelo ser humano, pois estes possuem intensidades variáveis segundo a quantidade de energia libertada pelo foco e a distância ao epicentro, assim como o tipo de materiais por onde se propagam as ondas sísmicas.

Preocupado em compreender este fenómeno (sismo) que acontece no nosso planeta, o Homem concebeu um instrumento ou aparelho para medir a intensidade das ondas sísmicas, o sismógrafo.

Funcionamento do sismógrafo

Os sismógrafos são aparelhos formados por um corpo pesado (pêndulo) pendente de urna mola, que está preso a um braço de um suporte fixado num, leito de rochas.

No pêndulo é colocado um equipamento que emite um raio de luz para um cilindro colocado: na sua frente. O cilindro é movido por um mecanismo semelhante ao do relógio e possui u papel fotográfico sensível à luz emitida pelo equipamento situado no pêndulo.

Se a crusta terrestre é abalada por um sismo, o cilindro move-se e o pêndulo, inércia, manter-se-á imóvel e registará, no papel fotográfico existente no cilindro, as vibrações. O registo, das vibrações ou ondas sísmicas (a tabela seguinte mostra o tipo de ondas e as suas característica) no papel fotográfico dá origem a linhas onduladas. Os gráficos elaborados por sismógrafos denominam-se sismogramas.

 

Tabela 1 Escala de Mrcalli

Ondas sísmicas

Principais características

Ondas P ou primárias

Originam-se no hipocentro e são de pequena amplitude, mas a sua velocidade aumenta com a profundidade, sendo as primeiras a atingir a superfície terrestre,

Designam se também por ondas de compressão ou longitudinais. Propagam-se tanto em meios sólidos como em meios líquidos.

Ondas S ou secundárias

Tem origem no hipocentro, permitindo uma amplitude superior as ondas P, mas a sua velocidade de propagação é inferior as ondas P. são designadas também por ondas transversais ou de cisalhamento e propagam-se apenas em meios sólidos.

Ondas Lou love

São ondas superficiais, ou seja, propagam-se a superfície do globo (Plano Horizontal) a partir do epicentro. São ondas de grande amplitude, de velocidade sensivelmente constante, mas a sua velocidade é menor do que a das ondas P ou S.

 

Consequências ou efeitos dos sismos

Um dos processos que permitem avaliar a intensidade do abalo sísmico consiste em atender ao seu efeito sobre os objectos. Existem varias escalas de intensidade sistémica, entre as quais se destacam a de Rossi-Forel (em uso a partir de 1883) e a de Mercalli ( a partir de 1992), sendo esta ultima a mais usada, devido a sua simplicidade.

 

 

Escala -grau

Consequências ou efeitos

I — imperceptível

 

Detectado e registado apenas por sismógrafos.

II — muito fraco

Sentido por certas pessoas em completo repouso. Os objectos localizados em andares superiores dos edifícios oscilam.

 

III - fraco

 

Sentido por poucas pessoas e em geral durante a noite. Os objectos estão parados, como os carros, podem deslocar-se.

IV - médio

Ao ar livre é sentido por poucas pessoas; no interior das casas algumas pessoas que estão em repouso acordam, a loiça entrechoca-se e o chão e as portas rangem.

 

V — pouco forte

A maioria das pessoas sente-o. Os móveis deslocam-se, os candeeiros de tecto oscilam, os pêndulos dos relógios param, os líquidos entornam-se e as portas e as janelas partem-se.

 

VI — forte

 

Sentido por todas as pessoas. A mobília desloca-se, os livros caem das estantes, a loiça parte-se e o estuque das paredes cai.

 

VII — muito forte

 

As pessoas entram em estado de pânico. Abrem-se fendas nos edifícios de estruturas fracas, as paredes das habitações esburacam-se, partem-se os vidros e as janelas. É sentido nos carros em movimento. Formam-se ondas nos rios e lagos e as suas águas tornam-se turvas.

 

VIII - destruidor

 

Alarme geral, todas as pessoas entram em pânico e fogem das suas habitações. Abrem-se enormes fendas nas paredes das casas, os móveis pesados são projectados com violência, as estátuas caem ou rodam sobre a sua base, as árvores oscilam fortemente e ocorrem deslizamentos em vertentes.

 

IX - ruinoso

 

Pânico total entre as pessoas. Destruição total ou parcial das habitações, grande número de vítimas sobre os escombros.

 

X - desastroso

 

As estruturas dos edifícios ficam totalmente destruídas, os carris torcidos, as pontes ruem, abrem-se fendas no chão ou pavimento e as condutas de água e gás rompem-se. Formam-se nos rios e lagos ondas gigantes e verificam-desprendimentos de terra.

 

XI - muito desastroso

 

Não fica de pé nenhum edifício. As pontes, as estradas e os diques são destruídos. As linhas férreas ficam completamente torcidas e registam-se levantamentos e abatimentos do terreno, Danos humanos e materiais incalculáveis.

XII – catastrófico

 

Todas as paisagens naturais e humanizadas ficam destruídas. Surgem grandes falhas, verificam-se deslocamentos de terra, os rios são desviados do seu curso, os lagos desaparecem e formam-se outros.

 

A energia libertada pelo sismo também pode ser medida através da magnitude sísmica, pela da escala de Richter. É uma escala logarítmica e corresponde ao logaritmo da medida da amplitude das ondas P e S a 100 km do epicentro.

Distribuição Geográfica das regiões sísmicas

Os sismos não se distribuem uniformemente por toda a superfície terrestre, concentrando-se antes em faixas de extensão e largura variáveis. Estas faixas seguem sensivelmente as zonas de contacto das placas tectónicas.

Na tabela seguinte apresentam-se as regiões com maior intensidade sísmica à face da Terra.

Tabela 2 zonas de intensa actividade sísmica no Globo

 

 

Zona sísmica Localização/Descrição Zona circumpacífica ou anel de fogo do Pacífico

Corresponde a uma longa e estreita faixa que rodeia o oceano Pacífico, onde os abalos sísmicos são extremamente numerosos. Abrange a parte ocidental da América do Sul (Chile, Peru, Bolívia, Equador e Colômbia), a América Central (México), a América do Norte (Califórnia, o Sul do Alasca, as ilhas Aleútas e as ilhas Curilhas), o arquipélago do Japão, as Filipinas, a Indonésia, a Nova Zelândia, a Nova Guiné e muitas outras ilhas que bordejam o Pacífico. Mais de 80% da energia sísmica é libertada nesta região do Globo.

Zona Mesogea ou a Faixa Himalaia-Alpina

É uma zona mais larga, comparada com a anterior Engloba todo o sistema Hírnalaio-Alpino. Estende-se a partir da Península Ibérica e do Norte de África. Afecta a faixa do Mediterrâneo (Argélia, Itália, Grécia e Turquia), Irão, Afeganistão, Paquistão, Tibete, Birmânia até à Indonésia, onde se liga à zona circumpacífica.

Zona da crista central do Atlântico

Estende-se desde a Península Ibérica até ao arquipélago dos Açores. Estabelece ligação com a zona Mesogea.

Zona do Vale do Rift ou Rift VoIley (África Oriental)

Corresponde à zona de fracturas do Vale do Rift. Nesta zona, e ainda noutras de menor importância, liberta-se apenas 5% da energia sísmica.

 

 Livro de Geografia 11 classe Pre-universitario. Francisco Jorge Manso. , Geraldo Cardoso, Logman , MOCAMBIQUE. 2015.

 

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