Introdução
O presente trabalho tem como objectivo dar ao aluno uma
visão introdutória sobre a fertilidade do solo, mostrando a sua importância e
apresentando alguns factores que determinam portanto, a fertilidade do solo,
que são extremamente importante para o perfeito funcionamento da natureza e
manutenção do equilíbrio económico.
Factores
que determinam a fertilidade do solo
A fertilidade do solo depende de um conjunto de factores,
uns da natureza física, outros de natureza química. Da conjugação destes
factores, resulta a capacidade de produção do solo que, dependendo do seu
perfil, apenas atinge o seu máximo quando o nível de todos os factores
nutritivos e itinerários técnicos de mobilização foram corretamente ajustados
em função das necessidades dos sistemas culturais.
Composição
química do solo
Os solos são constituídos por três fases:
Solida (matriz);
Liquido (solução do solo);
Gasosa (atmosfera do solo).
A matriz contem
substâncias minerais e matéria orgânica. As substâncias minerais dividem-se
quanto ao tamanho em elementos grosseiros e terra fina, que inclui a areia, o
limo, e a argila. A proporção das partículas de diferentes dimensões é
designada por textura do solo.
A fração argila, principal responsável pelas
propriedades químicas do solo, é principalmente constituída por minerais
argilosos pertencentes aos grupos da caulinite, esmectite, vermiculite, ilite
ou clorite. São minerais com uma predominância de cargas negativas umas
permanentes e outras dependentes do PH. Os minerais argilosos diferem quanto as
cargas que transportam superfície especifica, capacidade de fixar iões potássio
e amónio, e ainda por ser ou não expansíveis.
Na fração argila existem ainda
óxidos e hidróxidos de ferro, alumínio e magnésio. Possuem cargas dependentes
do PH, podendo apresentar predominância de cargas positivas em solos ácidos. Em
regiões áridas, e semiáridas, pode ocorrer acumulação no solo de carbonatos sulfatos
ou mesmo cloretos. A meteria orgânica inclui uma grande variedade de seres
vivos desde bactérias, fungos e actinomicetes, ate protozoários, nematodes, ácaros
e anelídeos. Os organismos do solo em especial os microrganismos, vão levar a
cabo a decomposição de resíduos orgânicos mas são também responsáveis pela
síntese de moléculas de elevada estabilidade-as substancias húmicas-que são o
principal constituinte do húmus e contribuem para propriedades tao importantes
como a capacidade de retenção de agua e nutrientes e o poder tampão do solo. A manutenção
da matéria orgânica no solo é bastante importante, dado que contribui para a manutenção
da sua estrutura melhora a infiltração e a retenção de agua e aumenta a
capacidade agua de troca de certas substancias contribuindo para o acréscimo da
produtividade. Estes objetivos podem ser facilitados pela racionalização dos
itinerários técnicos, com a oportunidade das épocas de intervenção, mobilização
reduzida, a sementeira direta, a agricultura biológica e a incorporação de
resíduos como, por exemplo, o estrume.
A solução do solo contem vários
elementos na forma de iões livres ou de complexos. Certas substâncias contaminantes
podem ser armazenadas no solo. Alguns, como os pesticidas podem ultrapassar os
limites da capacidade de armazenamento e de efeito tampão do solo causando a
perda de algumas das funções deste e a contaminação da cadeia alimentar, dos
vários ecossistemas, e recursos naturais, pondo em risco a biodiversidade e
saúde humana.
A atmosfera do solo tem teores
mais baixos de oxigénio e mais alto de vapores de agua e dióxido de carbono por
comparação a atmosfera. Um bom arejamento do solo é indispensável para a
respiração das raízes de plantas e dos organismos do solo.
Rede
hidrográfica
E importante notar que a
quantidade de agua existente no solo so tem significado quando considerada em
conjunto com força com que a agua se encontra retida no solo. Este facto
facilita ou não a sua absorção pelas plantas.
A água existente no solo
abrange:
·
Água capilar: que é sujeita a fenómenos de capilaridade no solo e se
desloca nos espaços entre as partículas terrosas
·
Agua higroscópica: que é fixada na superfície das partículas terrosas por
absorção
·
Agua gravitacional: que não é retida no solo deslocando-se apenas nos
macroporos por ação da gravidade
·
Agua freática: que se infiltra no solo e se acumula junto a rocha-mãe
formando uma zona permanentemente saturada de agua.
Se comparar o tamanho das
partículas que compõem a areia com as partículas que compõem a argila,
verifica-se que as primeiras são muito maiores do que as segundas. Deste modo,
quanto maiores forem as partículas de um solos maiores são os espaços entre
elas (poros) e, mais facilmente passa a água. O respectivo fenómeno é chamado
porosidade do solo. Alem, da porosidade pode-se observar nos solos o fenómeno
físico da capilaridade.
A água se infiltra no solo,
devido à sua forte capacidade de estabelecer ligações moleculares, permite
manter um certo grau de coesão entre as partículas. Se a concentração da agua
for muito elevada, o volume desta aumenta e conduz à saturação do solo. A
tensão exercida pela água é tal que leva que as partículas desse solo se
afastem criando situações de instabilidade e provocando o movimento de
materiais ao longo dessa vertente.
Textura fina
|
Textura media
|
Textura grossa
|
Solos argilosos
|
Solos francos
|
Solos arenosos
|
Elevada capacidade de retenção de água.
|
↔
|
Baixa capacidade de agua
|
Difícil circulação de água
|
↔
|
Fácil circulação de agua
|
Elevada coesão.
|
↔
|
Baixa coesão
|
Consistência plástica, pegajosa (molhado) e dura (seco)
|
↔
|
Consistência friável (seco ou molhado)
|
Menor densidade do solo
|
↔
|
Maior densidade do solo
|
Maior porosidade total
|
↔
|
Menor porosidade
|
`maior microporosidade
|
↔
|
Maior macroporosidade
|
Maior arejamento
|
↔
|
Boa aeração
|
Superfície especifica elevada
|
↔
|
Superfície especifica baixa
|
Solos bem estruturados
|
↔
|
Solos sem estrutura
|
Difícil preparo mecânico, pouco lavados e mais ricos em elementos
fertilizantes.
|
↔
|
Fácil preparo mecânico, mais lavados e mais pobres em elementos
fertilizantes
|
Decomposição
do solo
A riqueza mineral do solo é
mantida ou melhorada pelos fertilizantes que podem ser corretivos ou adubos. O
adubo pode ser obtido a partir de detritos orgânicos (restos de plantas,
cadáveres de animais e seus excrementos) a que se da o nome de estrume. Designa-se
por macronutrientes os elementos minerais que as plantas absorvem em maior
quantidade, tais como, N,P,K, Ca, Mg, S, Na, Cl e Si. Os principais são N,P e K
porque alem de serem absorvidos em quantidades elevadas, não existem,
geralmente, no solo em teores suficientes para satisfazerem as necessidades das
culturas. Torna-se, por isso, necessária a sua aplicação. Através de adubos.
Os restantes designam-se por
secundários ainda que sejam absorvidos em quantidades elevadas. Admite-se, que
existem no solo em teor susceptveis de dispensar a sua aplicação no entanto a
designação de secundários não significa que tenham menor interesse para a
nutrição das plantas.
Os micronutrientes são os
elementos minerais que a planta consome em menor quantidade e manifestam
toxicidade quando existem um excesso no solo, consideram-se micronutrientes Fe,
Mn, Zn, Cu, B, Mo e Al. O solo contem certa quantidade de substâncias orgânicas
provenientes da decomposição de cadáveres de animais e dos restos vegetais. A
decomposição origina o húmus, formado por uma mistura do solo e matéria
orgânica parcialmente degradada. Com decomposição, os minerais que constituíam
a matéria orgânica são libertadas fertilizam o solo e ficam disponíveis a
absorção pelas plantas. A transformação da matéria orgânica em húmus é
designada humificação e é efetuada por bactérias e fungos existentes no solo. A
humificação depende das condições ambientais.
Além de serem determinantes na
formação dos solos, os seres vivos que vivem neles desempenham outras tarefas extremamente
importantes para a produção e manutenção de solos férteis. Animais como as toupeiras,
as formigas, as minhocas, os ratos (que fazem parte do grupo macrobiota ou
macrofauna) e pequenos vermes e larvas (que constituem o grupo meso biota ou meso
fauna) revolvem o solo durante a produção de galerias onde se instalam,
produzindo uma autêntica larva. Contribuem para arejar o solo e também para facilitar
a circulação de água que é fundamental para as plantas.
Os diversos organismos
decompositores como, certos fungos e bactérias transformam a manta-morta em
húmus. Existem ainda microrganismos que vivem nas raízes de certas plantas que
enriquecem o solo com azoto produzindo uma autêntica adubação natural.
Conclusão
Como vimos, este trabalho é resultado de um
estudo/pesquisa, que exigiu, no decorrer do mesmo muita análise, síntese e
reflexão. Uma das vantagens oferecidas e que considero a mais importante foi o
conhecimento que tive a respeito dos factores que determinam a fertilidade do
solo, composicao dos solos. Foi um
estudo realmente, muito interessante e instrutivo.
Referências
bibliográficas
Índice
|
Introdução
O presente trabalho tem como objectivo dar ao aluno uma
visão introdutória sobre a fertilidade do solo, mostrando a sua importância e
apresentando alguns factores que determinam portanto, a fertilidade do solo,
que são extremamente importante para o perfeito funcionamento da natureza e
manutenção do equilíbrio económico.
Factores
que determinam a fertilidade do solo
A fertilidade do solo depende de um conjunto de factores,
uns da natureza física, outros de natureza química. Da conjugação destes
factores, resulta a capacidade de produção do solo que, dependendo do seu
perfil, apenas atinge o seu máximo quando o nível de todos os factores
nutritivos e itinerários técnicos de mobilização foram corretamente ajustados
em função das necessidades dos sistemas culturais.
Composição
química do solo
Os solos são constituídos por três fases:
Solida (matriz);
Liquido (solução do solo);
Gasosa (atmosfera do solo).
A matriz contem
substâncias minerais e matéria orgânica. As substâncias minerais dividem-se
quanto ao tamanho em elementos grosseiros e terra fina, que inclui a areia, o
limo, e a argila. A proporção das partículas de diferentes dimensões é
designada por textura do solo.
A fração argila, principal responsável pelas
propriedades químicas do solo, é principalmente constituída por minerais
argilosos pertencentes aos grupos da caulinite, esmectite, vermiculite, ilite
ou clorite. São minerais com uma predominância de cargas negativas umas
permanentes e outras dependentes do PH. Os minerais argilosos diferem quanto as
cargas que transportam superfície especifica, capacidade de fixar iões potássio
e amónio, e ainda por ser ou não expansíveis.
Na fração argila existem ainda
óxidos e hidróxidos de ferro, alumínio e magnésio. Possuem cargas dependentes
do PH, podendo apresentar predominância de cargas positivas em solos ácidos. Em
regiões áridas, e semiáridas, pode ocorrer acumulação no solo de carbonatos sulfatos
ou mesmo cloretos. A meteria orgânica inclui uma grande variedade de seres
vivos desde bactérias, fungos e actinomicetes, ate protozoários, nematodes, ácaros
e anelídeos. Os organismos do solo em especial os microrganismos, vão levar a
cabo a decomposição de resíduos orgânicos mas são também responsáveis pela
síntese de moléculas de elevada estabilidade-as substancias húmicas-que são o
principal constituinte do húmus e contribuem para propriedades tao importantes
como a capacidade de retenção de agua e nutrientes e o poder tampão do solo. A manutenção
da matéria orgânica no solo é bastante importante, dado que contribui para a manutenção
da sua estrutura melhora a infiltração e a retenção de agua e aumenta a
capacidade agua de troca de certas substancias contribuindo para o acréscimo da
produtividade. Estes objetivos podem ser facilitados pela racionalização dos
itinerários técnicos, com a oportunidade das épocas de intervenção, mobilização
reduzida, a sementeira direta, a agricultura biológica e a incorporação de
resíduos como, por exemplo, o estrume.
A solução do solo contem vários
elementos na forma de iões livres ou de complexos. Certas substâncias contaminantes
podem ser armazenadas no solo. Alguns, como os pesticidas podem ultrapassar os
limites da capacidade de armazenamento e de efeito tampão do solo causando a
perda de algumas das funções deste e a contaminação da cadeia alimentar, dos
vários ecossistemas, e recursos naturais, pondo em risco a biodiversidade e
saúde humana.
A atmosfera do solo tem teores
mais baixos de oxigénio e mais alto de vapores de agua e dióxido de carbono por
comparação a atmosfera. Um bom arejamento do solo é indispensável para a
respiração das raízes de plantas e dos organismos do solo.
Rede
hidrográfica
E importante notar que a
quantidade de agua existente no solo so tem significado quando considerada em
conjunto com força com que a agua se encontra retida no solo. Este facto
facilita ou não a sua absorção pelas plantas.
A água existente no solo
abrange:
·
Água capilar: que é sujeita a fenómenos de capilaridade no solo e se
desloca nos espaços entre as partículas terrosas
·
Agua higroscópica: que é fixada na superfície das partículas terrosas por
absorção
·
Agua gravitacional: que não é retida no solo deslocando-se apenas nos
macroporos por ação da gravidade
·
Agua freática: que se infiltra no solo e se acumula junto a rocha-mãe
formando uma zona permanentemente saturada de agua.
Se comparar o tamanho das
partículas que compõem a areia com as partículas que compõem a argila,
verifica-se que as primeiras são muito maiores do que as segundas. Deste modo,
quanto maiores forem as partículas de um solos maiores são os espaços entre
elas (poros) e, mais facilmente passa a água. O respectivo fenómeno é chamado
porosidade do solo. Alem, da porosidade pode-se observar nos solos o fenómeno
físico da capilaridade.
A água se infiltra no solo,
devido à sua forte capacidade de estabelecer ligações moleculares, permite
manter um certo grau de coesão entre as partículas. Se a concentração da agua
for muito elevada, o volume desta aumenta e conduz à saturação do solo. A
tensão exercida pela água é tal que leva que as partículas desse solo se
afastem criando situações de instabilidade e provocando o movimento de
materiais ao longo dessa vertente.
Textura fina
|
Textura media
|
Textura grossa
|
Solos argilosos
|
Solos francos
|
Solos arenosos
|
Elevada capacidade de retenção de água.
|
↔
|
Baixa capacidade de agua
|
Difícil circulação de água
|
↔
|
Fácil circulação de agua
|
Elevada coesão.
|
↔
|
Baixa coesão
|
Consistência plástica, pegajosa (molhado) e dura (seco)
|
↔
|
Consistência friável (seco ou molhado)
|
Menor densidade do solo
|
↔
|
Maior densidade do solo
|
Maior porosidade total
|
↔
|
Menor porosidade
|
`maior microporosidade
|
↔
|
Maior macroporosidade
|
Maior arejamento
|
↔
|
Boa aeração
|
Superfície especifica elevada
|
↔
|
Superfície especifica baixa
|
Solos bem estruturados
|
↔
|
Solos sem estrutura
|
Difícil preparo mecânico, pouco lavados e mais ricos em elementos
fertilizantes.
|
↔
|
Fácil preparo mecânico, mais lavados e mais pobres em elementos
fertilizantes
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Decomposição
do solo
A riqueza mineral do solo é
mantida ou melhorada pelos fertilizantes que podem ser corretivos ou adubos. O
adubo pode ser obtido a partir de detritos orgânicos (restos de plantas,
cadáveres de animais e seus excrementos) a que se da o nome de estrume. Designa-se
por macronutrientes os elementos minerais que as plantas absorvem em maior
quantidade, tais como, N,P,K, Ca, Mg, S, Na, Cl e Si. Os principais são N,P e K
porque alem de serem absorvidos em quantidades elevadas, não existem,
geralmente, no solo em teores suficientes para satisfazerem as necessidades das
culturas. Torna-se, por isso, necessária a sua aplicação. Através de adubos.
Os restantes designam-se por
secundários ainda que sejam absorvidos em quantidades elevadas. Admite-se, que
existem no solo em teor susceptveis de dispensar a sua aplicação no entanto a
designação de secundários não significa que tenham menor interesse para a
nutrição das plantas.
Os micronutrientes são os
elementos minerais que a planta consome em menor quantidade e manifestam
toxicidade quando existem um excesso no solo, consideram-se micronutrientes Fe,
Mn, Zn, Cu, B, Mo e Al. O solo contem certa quantidade de substâncias orgânicas
provenientes da decomposição de cadáveres de animais e dos restos vegetais. A
decomposição origina o húmus, formado por uma mistura do solo e matéria
orgânica parcialmente degradada. Com decomposição, os minerais que constituíam
a matéria orgânica são libertadas fertilizam o solo e ficam disponíveis a
absorção pelas plantas. A transformação da matéria orgânica em húmus é
designada humificação e é efetuada por bactérias e fungos existentes no solo. A
humificação depende das condições ambientais.
Além de serem determinantes na
formação dos solos, os seres vivos que vivem neles desempenham outras tarefas extremamente
importantes para a produção e manutenção de solos férteis. Animais como as toupeiras,
as formigas, as minhocas, os ratos (que fazem parte do grupo macrobiota ou
macrofauna) e pequenos vermes e larvas (que constituem o grupo meso biota ou meso
fauna) revolvem o solo durante a produção de galerias onde se instalam,
produzindo uma autêntica larva. Contribuem para arejar o solo e também para facilitar
a circulação de água que é fundamental para as plantas.
Os diversos organismos
decompositores como, certos fungos e bactérias transformam a manta-morta em
húmus. Existem ainda microrganismos que vivem nas raízes de certas plantas que
enriquecem o solo com azoto produzindo uma autêntica adubação natural.
Conclusão
Como vimos, este trabalho é resultado de um
estudo/pesquisa, que exigiu, no decorrer do mesmo muita análise, síntese e
reflexão. Uma das vantagens oferecidas e que considero a mais importante foi o
conhecimento que tive a respeito dos factores que determinam a fertilidade do
solo, composicao dos solos. Foi um
estudo realmente, muito interessante e instrutivo.
Referências
bibliográficas
Índice
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