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quinta-feira, 11 de julho de 2019

As fontes escritas a partir do século XV


As fontes escritas a partir do século   XV

Paralelamente as profundas mudanças em todo o mundo e em especial, na África ,  no final do século XV e princípio  do século XVI, ocorreram transformações   no carácter, proveniência e    Inicialmente, ao lado do continuo crescimento de todos os tipos de fontes narrativas ( narrativas de viajantes, descrições, crónicas etc.), surgem  numerosos de carácter primário como correspondências e relatórios oficiais, comerciais ou missionários, escrituras legais e outros documentos arquivísticos raramente encontrado antes desse período. Se for por outro lado, abundância crescente desse material oferece ao historiador um auxílio muito maior, por outro torna muito mais difícil uma visão do conjunto. Pode se observar, também uma nítida diminuição ao volume das fontes narrativas e árabes para África ao sul do saahara. Não obstante surge nesse período a literatura histórica escrita em árabe por autóctones, e é somente a partir dessa época que se faz ouvir a voz de autênticos africanos falando de sua própria histόria. Os mais antigos e mais conhecidos exemplos dessa historiografia local provem do cinturão sudanês e da costa africana oriental, e em outras partes tropical, só mais tarde é que essa evolução se fará notar.
Nos últimos duzentos anos, os africanos também começaram a escrever em sua próprias línguas, usando primeiramente o alfabeto árabe ( por exemplo, em kiswahili , haussa   fulfulde kenembu diula malgaxe etc ) e ,mais o latino. E também temos as narrativas em várias línguas europeias, que aos poucos vão ocupando o espaço das fontes árabes. A quantidade de obras dessa natureza aumenta progressivamente e, nos séculos XIX e XX, atinge um tal volume que sό os livros de referencia biográfica poderiam ser contados as dezenas.
Apesar de todas as mudanças, houve, evidentemente uma continuidade na historiografia de algumas regiões da África, especialmente no Egíto, Magreb, e Etiopia. Nesses países, os crόnicas e biógrafos mantiveram viva a tradição herdada do período anterior. Enquanto no Egipto e, em parte, na Etiὸpia observou se certo declínio na qualidade e mesmo quantidade desse trabalhos, o Magreb em particular.
As áreas geográficas cobertas por fontes escritas também vão registar uma evolução. Enquanto, ate o século XVI as margens do suhel sudanês e uma escrita faixa da costa oriental africana formavam limites do conhecimento geográfico, portanto, histórico, a nova época viria gradualmente acrescentar a esse espaço novas regiões antes não mencionadas por aquele tipo de fontes. A quantidade e a qualidade dessas fontes viriam bastante de uma região para outra e de um século para outro tornando a classificação por língua, carácter propósito e origem dos documentos ainda mais complexa.
De modo geral, registou se uma expansão da costa para o interior. O movimento foi muito lento, sό  ganhando aceleração no fim do século XVII. A costa africana e seu interior imediato, já no século XV, haviam sido descritos pelos portugueses, de modo sumário e nos séculos seguintes as fontes escritas, já então em várias línguas começaram a registar informes mais detalhados e abundantes sobre as populações costeiras. Os Europeus penetraram no interior somente em algumas regiões (no Senegal e na Gâmbia, no delta do Níger e no Benin, no Reino do Congo, e pelo Zambeze, ate o império de Monomotapa ), trazendo essas áreas  para o horizonte  das fontes escritas.
África do Norte e Etiόpia
Os materiais para África do Norte de língua árabe, como os das outras partes do continente , passaram por algumas profundas mudanças em comparação com o período anterior e com isso as narrativas locais , que continuaram como anteriormente  a relatar as principais  acontecimentos da maneira tradicional
As mudanças que fazem sentir dizem respeito principalmente a dois tipos de fontes: os documentos arquivísticos de diversos origens e os critérios europeus.  Somente a partir do inicio do século do século XVI, os materiais primários, os árabes assim como os turcos começaram aparecer em maior abundância. No século XIX, as fontes para a  histόria  do Norte são tão abundante tanto quanto  pais europeu. As crónicas narrativas de viajantes assume um lugar secundário em relação as fontes mais objectivas- arquivos, estatísticos, jornais e outros testemunhos directos ou indirectos – permitindo aos historiadores empregar os métodos e abordagens clássicos elaborados para uma historia amplamente documentada como a de Europa.
Etiopia
A situação da Etiopia é análoga á da África do Norte no que respeita às fontes escritas. Nos países daquela região da África, na Etiopia o historiador tem sua disposição uma grande variedade de documentos, tanto internos como externos, pode ate empregar material de fontes opostas para alguns períodos cruciais, por exemplo a invasão muçulmana de Ahmed Gran, na primeira metade do século XVI, coberta de ponto de vista etíope e pela crónica Real (em guze) o imperador Lebna Dengel e da invasão muçulmana, pela detalhada crónica escrita em 1543 pelo escriba de Gran, Arab Faqih sem mencionar os registos português de testemunhos oculares.
Da segunda metade do século XIX em diante, são os documentos de arquivos, de todas as grandes potencias europeias como também os de Adis Abeba e a mesmo o de Cartum que vão fornecer as principais materiais históricos. A importância de um estudo minucioso dos documentos amáricos originais para uma interpretação correcta da historia foi demonstrada recentemente pela brilhante analise de trato de Wichale (1889) feita por Sven  Rubenson.
África do Sul
Em comparação com outros continentes, a África do Sul fornece para o período em estudo, uma quantidade muito maior de interessantes materiais escritos, na forma de arquivos e de narrativas. A falta de fontes de origens genuinamente africana anteriores do século XIX representa uma certa desvantagem, não obstante muitas narrativas europeias preservarem fragmentos de tradições orais dos povos locais, e também as informações mais antiga provem de marinheiros português ou holandês cujos navios naufragaram na costa sudeste no decorrer dos séculos XVI e XVII. No século XVIII não deixou nenhum fonte árabe externa de grande valor para a historia de África do Sul do saara ; somente no inicio do século seguinte.

Fontes  narrrativas  externas        

Período entre séculos IX e XV chega a ser chamados “ era das fontes árabes devido a predominância de material nessa língua, o  período em estudo é marcado por um nítido declínio nesse aspecto. As razoes dessas mudanças estão ligadas ao desenvolvimento politico e cultural geral do mundo islâmico, que serão discutidas apropriadamente num volume posterior. Isto é não significa que haja fontes árabes, mas que seu numero e qualidade, com algumas excecoes não podem ser comparados nem o período anterior e com outras fontes de origens.

Fontes narrativas internas

Durante o período que estamos estudando, ocorreu um novo fenómeno, de consequências capitais: o aparecimento de desenvolvimento de uma literatura histόrica escrita por africanos da região sul do saara. O meio de expressão não era, inicialmente uma das línguas africanas locais, mas cujo papel no mundo islâmico pode ser comparado ao que o latim representou na Idade Media europeia, isto é, o meio de comunicação entre os povos cultos e mais tarde, também algumas das línguas europeias. A produção literária dos africanos em línguas europeias tem inicio dois séculos mais tarde que a redação  em árabe . como era de esperar, ao primeiros exemplares foram produzidos por individuo da costa ocidental  onde os contactos com o mundo eram mais intensos que em qualquer outro ponto.
 Todas as fontes narrativas, escritas em árabe ou nas diversas línguas africanas e europeias formaram um vasto e rico conjunto de materiais históricos. Eles não cobrem, evidentemente todos os aspectos do processo histórico e possuem um carácter regional, fornecendo, em alguns casos, apenas uma imagem fragmentária.  As fontes escritas por muçulmanos demonstraram em geral um pronunciado ponto de vista islâmico, que aparece claramente quando abordam sociedades não muçulmanas, os autores das fontes narrativas em línguas europeias eram ao mesmo tempo polemistas em campanha contra o comércio dos escravos ou em favor da igualdade por isso era uma tendência de parcialidade.

Fontes arquivísticas particulares relatórios confidenciais e outros testemunhos 

As fontes particulares são documentos escritos que resultam de necessidade de registar várias actividades humanas e que originalmente não eram destinados ao público, mas apenas em um pequeno grupo de pessoas interessados. A ideia de que já não há fontes escritas particulares suficiente para a história da África já não tem fundamentos.
Para concluir, devemos mencionar alguns outros tipos de documentos da mesma categoria. Inicialmente tratemos dos mapas de outros matérias categóricos, embora a partir do século XVI, o número de mapas impressos da África tenha aumentado a cada ano, muitos ainda se mantém em forma de manuscrito, em vários arquivos de bibliotecas da Europa alguns manifestante decorados e coloridos.
 As fontes escritas, narrativas e arquivísticas, nas línguas Africanas orientais e Europeus, representam um conjunto intensamente rico material para a história da África. Embora os documentos de todo tipo, registros livros e relatórios conhecidos constituem, apenas um fragmento do material existente. Dentro e fora de África devem existir inúmeros lugares que ainda não foram explorados de ponto de vista de fontes possíveis da histórias daquele continente. Essas regiões inexplorados constituem verdadeiro  ʺespaços em brancoʺ no mapa do nosso conhecimento das fontes da história Africana.     


As fontes escritas a partir do século   XV

Paralelamente as profundas mudanças em todo o mundo e em especial, na África ,  no final do século XV e princípio  do século XVI, ocorreram transformações   no carácter, proveniência e    Inicialmente, ao lado do continuo crescimento de todos os tipos de fontes narrativas ( narrativas de viajantes, descrições, crónicas etc.), surgem  numerosos de carácter primário como correspondências e relatórios oficiais, comerciais ou missionários, escrituras legais e outros documentos arquivísticos raramente encontrado antes desse período. Se for por outro lado, abundância crescente desse material oferece ao historiador um auxílio muito maior, por outro torna muito mais difícil uma visão do conjunto. Pode se observar, também uma nítida diminuição ao volume das fontes narrativas e árabes para África ao sul do saahara. Não obstante surge nesse período a literatura histórica escrita em árabe por autóctones, e é somente a partir dessa época que se faz ouvir a voz de autênticos africanos falando de sua própria histόria. Os mais antigos e mais conhecidos exemplos dessa historiografia local provem do cinturão sudanês e da costa africana oriental, e em outras partes tropical, só mais tarde é que essa evolução se fará notar.
Nos últimos duzentos anos, os africanos também começaram a escrever em sua próprias línguas, usando primeiramente o alfabeto árabe ( por exemplo, em kiswahili , haussa   fulfulde kenembu diula malgaxe etc ) e ,mais o latino. E também temos as narrativas em várias línguas europeias, que aos poucos vão ocupando o espaço das fontes árabes. A quantidade de obras dessa natureza aumenta progressivamente e, nos séculos XIX e XX, atinge um tal volume que sό os livros de referencia biográfica poderiam ser contados as dezenas.
Apesar de todas as mudanças, houve, evidentemente uma continuidade na historiografia de algumas regiões da África, especialmente no Egíto, Magreb, e Etiopia. Nesses países, os crόnicas e biógrafos mantiveram viva a tradição herdada do período anterior. Enquanto no Egipto e, em parte, na Etiὸpia observou se certo declínio na qualidade e mesmo quantidade desse trabalhos, o Magreb em particular.
As áreas geográficas cobertas por fontes escritas também vão registar uma evolução. Enquanto, ate o século XVI as margens do suhel sudanês e uma escrita faixa da costa oriental africana formavam limites do conhecimento geográfico, portanto, histórico, a nova época viria gradualmente acrescentar a esse espaço novas regiões antes não mencionadas por aquele tipo de fontes. A quantidade e a qualidade dessas fontes viriam bastante de uma região para outra e de um século para outro tornando a classificação por língua, carácter propósito e origem dos documentos ainda mais complexa.
De modo geral, registou se uma expansão da costa para o interior. O movimento foi muito lento, sό  ganhando aceleração no fim do século XVII. A costa africana e seu interior imediato, já no século XV, haviam sido descritos pelos portugueses, de modo sumário e nos séculos seguintes as fontes escritas, já então em várias línguas começaram a registar informes mais detalhados e abundantes sobre as populações costeiras. Os Europeus penetraram no interior somente em algumas regiões (no Senegal e na Gâmbia, no delta do Níger e no Benin, no Reino do Congo, e pelo Zambeze, ate o império de Monomotapa ), trazendo essas áreas  para o horizonte  das fontes escritas.
África do Norte e Etiόpia
Os materiais para África do Norte de língua árabe, como os das outras partes do continente , passaram por algumas profundas mudanças em comparação com o período anterior e com isso as narrativas locais , que continuaram como anteriormente  a relatar as principais  acontecimentos da maneira tradicional
As mudanças que fazem sentir dizem respeito principalmente a dois tipos de fontes: os documentos arquivísticos de diversos origens e os critérios europeus.  Somente a partir do inicio do século do século XVI, os materiais primários, os árabes assim como os turcos começaram aparecer em maior abundância. No século XIX, as fontes para a  histόria  do Norte são tão abundante tanto quanto  pais europeu. As crónicas narrativas de viajantes assume um lugar secundário em relação as fontes mais objectivas- arquivos, estatísticos, jornais e outros testemunhos directos ou indirectos – permitindo aos historiadores empregar os métodos e abordagens clássicos elaborados para uma historia amplamente documentada como a de Europa.
Etiopia
A situação da Etiopia é análoga á da África do Norte no que respeita às fontes escritas. Nos países daquela região da África, na Etiopia o historiador tem sua disposição uma grande variedade de documentos, tanto internos como externos, pode ate empregar material de fontes opostas para alguns períodos cruciais, por exemplo a invasão muçulmana de Ahmed Gran, na primeira metade do século XVI, coberta de ponto de vista etíope e pela crónica Real (em guze) o imperador Lebna Dengel e da invasão muçulmana, pela detalhada crónica escrita em 1543 pelo escriba de Gran, Arab Faqih sem mencionar os registos português de testemunhos oculares.
Da segunda metade do século XIX em diante, são os documentos de arquivos, de todas as grandes potencias europeias como também os de Adis Abeba e a mesmo o de Cartum que vão fornecer as principais materiais históricos. A importância de um estudo minucioso dos documentos amáricos originais para uma interpretação correcta da historia foi demonstrada recentemente pela brilhante analise de trato de Wichale (1889) feita por Sven  Rubenson.
África do Sul
Em comparação com outros continentes, a África do Sul fornece para o período em estudo, uma quantidade muito maior de interessantes materiais escritos, na forma de arquivos e de narrativas. A falta de fontes de origens genuinamente africana anteriores do século XIX representa uma certa desvantagem, não obstante muitas narrativas europeias preservarem fragmentos de tradições orais dos povos locais, e também as informações mais antiga provem de marinheiros português ou holandês cujos navios naufragaram na costa sudeste no decorrer dos séculos XVI e XVII. No século XVIII não deixou nenhum fonte árabe externa de grande valor para a historia de África do Sul do saara ; somente no inicio do século seguinte.

Fontes  narrrativas  externas        

Período entre séculos IX e XV chega a ser chamados “ era das fontes árabes devido a predominância de material nessa língua, o  período em estudo é marcado por um nítido declínio nesse aspecto. As razoes dessas mudanças estão ligadas ao desenvolvimento politico e cultural geral do mundo islâmico, que serão discutidas apropriadamente num volume posterior. Isto é não significa que haja fontes árabes, mas que seu numero e qualidade, com algumas excecoes não podem ser comparados nem o período anterior e com outras fontes de origens.

Fontes narrativas internas

Durante o período que estamos estudando, ocorreu um novo fenómeno, de consequências capitais: o aparecimento de desenvolvimento de uma literatura histόrica escrita por africanos da região sul do saara. O meio de expressão não era, inicialmente uma das línguas africanas locais, mas cujo papel no mundo islâmico pode ser comparado ao que o latim representou na Idade Media europeia, isto é, o meio de comunicação entre os povos cultos e mais tarde, também algumas das línguas europeias. A produção literária dos africanos em línguas europeias tem inicio dois séculos mais tarde que a redação  em árabe . como era de esperar, ao primeiros exemplares foram produzidos por individuo da costa ocidental  onde os contactos com o mundo eram mais intensos que em qualquer outro ponto.
 Todas as fontes narrativas, escritas em árabe ou nas diversas línguas africanas e europeias formaram um vasto e rico conjunto de materiais históricos. Eles não cobrem, evidentemente todos os aspectos do processo histórico e possuem um carácter regional, fornecendo, em alguns casos, apenas uma imagem fragmentária.  As fontes escritas por muçulmanos demonstraram em geral um pronunciado ponto de vista islâmico, que aparece claramente quando abordam sociedades não muçulmanas, os autores das fontes narrativas em línguas europeias eram ao mesmo tempo polemistas em campanha contra o comércio dos escravos ou em favor da igualdade por isso era uma tendência de parcialidade.

Fontes arquivísticas particulares relatórios confidenciais e outros testemunhos 

As fontes particulares são documentos escritos que resultam de necessidade de registar várias actividades humanas e que originalmente não eram destinados ao público, mas apenas em um pequeno grupo de pessoas interessados. A ideia de que já não há fontes escritas particulares suficiente para a história da África já não tem fundamentos.
Para concluir, devemos mencionar alguns outros tipos de documentos da mesma categoria. Inicialmente tratemos dos mapas de outros matérias categóricos, embora a partir do século XVI, o número de mapas impressos da África tenha aumentado a cada ano, muitos ainda se mantém em forma de manuscrito, em vários arquivos de bibliotecas da Europa alguns manifestante decorados e coloridos.
 As fontes escritas, narrativas e arquivísticas, nas línguas Africanas orientais e Europeus, representam um conjunto intensamente rico material para a história da África. Embora os documentos de todo tipo, registros livros e relatórios conhecidos constituem, apenas um fragmento do material existente. Dentro e fora de África devem existir inúmeros lugares que ainda não foram explorados de ponto de vista de fontes possíveis da histórias daquele continente. Essas regiões inexplorados constituem verdadeiro  ʺespaços em brancoʺ no mapa do nosso conhecimento das fontes da história Africana.     

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