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quinta-feira, 29 de junho de 2023

EXEMPLO DE RELATORIO 3

 

Contextualização

A aldeia comunal Agostinho Neto localiza-se no bairro de Nhaguiviga, no Municipio da Maxixe, limita-se a norte por bairro Muchire, a sul pelo distrito de Jangamo, a oeste pelo distrito de Homoine a este por bairro Mutamba.

A aldeia comunal Agostinho Neto criou-se no ano de 1976 depois da Independência nacional de Moçambique com implementação do socialismo em Moçambique. Com o socialismo em Moçambique as populações deveriam viver em aldeias comunais com base na propriedade colectiva. As empresas estatais e as cooperativas de produção seriam a base material/produtiva das aldeias. Para a concretização dos objectivos da socialização do meio rural, o estado tinha como principal instrumento o plano, através dele dirigia e controlava a economia (MOSCA, 2011:39).

 O governo da Frelimo enviou no bairro de Nhaguiviga em 1976 uma brigada, que tinha como foco realizar um estudo de viabilidade para implementação duma aldeia comunal, aprovado o espaço de seguida fez-se uma reunião em torno da futura aldeia comunal a população aderiu a proposta e por fim criou-se a aldeia com o nome Agostinho Neto. Em seguida o governo avançou com o processo de parcelamento da aldeia, abrindo ruas, construiu escola, hospital e um mercado. As residências na aldeia eram construídas no mesmo modelo, para o efeito o governo apoiou a população com estacas de pau-ferro (Simbiri).

A aldeia comunal Agostinho durante a sua edificação, as tarefas eram divididas em grupos, tinha um grupo para a construção de infra-estruturas e outro grupo para o campo agrário, onde a colheita era todos. A colheita dividia-se por igual e o excedente mandava-se ao mercado.

Objectivos

Geral

·         Analisar a implementação das aldeias comunais em Moçambique, tendo como caso de estudo a Aldeia Comunal Agostinho Neto – 1976-2005.

 

 

Específico

·         Descrever o contexto da criação das aldeias comunais em Moçambique e de Agostinho Neto em particular

·         Identificar o papel desempenhado pelas aldeias comunais em Agostinho neto na consolidação da economia socialista em Moçambique

·         Explicar as razões da queda das aldeias comunais em Moçambique e Agostinho Neto, em particular

Justificativa

A escolha do presente tema justifica-se pelo facto de o proponente, ao longo do seu percurso de formação ter notado que a problemática das aldeias comunais na Maxixe, e Moçambique em geral. Daí a necessidade de analisar o contexto da implantação da aldeia comunal Agostinho Neto, olhando para as actividades desenvolvidas, as transformações ocorridas e razões que concorreram para a sua queda.

No âmbito social espera-se que o trabalho possa trazer a essência das aldeias comunais, olhando para as realizações ou modificações verificadas neste período em Nhaguiviga na aldeia comunal Agostinho Neto. E ainda a pesquisa pretende mostrar a comunidade local e Moçambique em geral, como era a vida da população da aldeia comunal Agostinho Neto.

Do ponto de vista académico o estudo é essencial, na medida em que poderá ajudar na compreensão do socialismo em Moçambique, através da análise da aldeia comunal Agostinho Neto. Espera-se que a pesquisa possa ajudar a comunidade local e Moçambique em geral a ter um conhecimento sobre a temática das aldeias comunais, a partir do caso especifico da aldeia comunal Agostinho Neto.

A escolha da Maxixe como espaço de pesquisa deve-se ao facto deste local apresentar um legado histórico-socioeconómico, na questão ligada ao modo de produção marxista-leninista que mostra o tempo e conjuntural que marcou a história de Moçambique.

A escolha de 1976 marco inicial da pesquisa deve-se ao facto deste constituir o ano criação da aldeia comunal Agostinho Neto na Maxixe. E o ano de 2005 como marco final pelo facto deste ano ter se notabilizado a queda da aldeia comunal de Agostinho Neto, devido o processo de municipalização, desta forma Nhaguiviga deixou de ser uma localidade e foi reduzido à categoria de bairro. 

Problematização

As aldeias comunais têm origem nas primeiras zonas libertadas no processo da luta pela independência de Moçambique. MALOA (2016:44) afirma que para manter a vida social das áreas libertadas pela FRELIMO na luta de libertação do país, a organização das zonas libertadas resultou numa experiência económica que posteriormente foi conduzido e orientado no partido, chamado assim de novas tendências da pós-independência. A vida económica nas zonas libertadas era organizada para que produtores trabalhassem colectivamente em cooperativas de produção, o abastecimento rural e a extracção dos excedentes produtivos eram realizados através de uma rede de lojas da FRELIMO, sob a direcção das estruturas locais do partido.

Moçambique depois da independência adoptou o sistema de produção económica socialista, esse modelo de produção tinha o pacote das aldeias comunais. Neste período as aldeias comunais, conforme afirma ARAUJO (1988:185) tinham o propósito de concentrar a população, em locais onde as famílias ficavam afastadas da sua anterior unidade residencial produtiva, sem encontrarem uma substituição adequada. As aldeias comunais tinham no período após a independência o objectivo de concentrar a população dispersa das zonas rurais para que se estruturem em sociedade revolucionária, organizada para desenvolver o trabalho colectivo, assim, promovendo o intercâmbio dos conhecimentos nos trabalhadores. Assim como criar cidades-campo, através do fornecimento de serviços básicos, fontes de agua, comunicação social, escola e centros de saúde.

Apesar desses acontecimentos marcantes causados pelas aldeias comunais, várias pesquisas que têm sido realizadas, abordam sobre socialismo em Moçambique no geral, tocando de forma superficial a temática das aldeias comunais, remetendo-nos a ideia desse fenómeno não ter causado um impacto profundo ou mesmo não ter marcado muito a história de Moçambique e da Maxixe em particular.

A aldeia comunal Agostinho Neto surge no contexto do socialismo em Moçambique, no ano logo após a independência, acredita-se que esse acontecimento trouxe profundas mudanças que alteraram o padrão da vida social e económica do bairro de Ngaguiviga, e de Moçambique em geral. Como forma de reflectir e escrever a história dessa aldeia comunal, levantou-se a seguinte pergunta de partida: Quais foram as transformações que ocorreram em Nhaguiviga com a implementação da aldeia comunal Agostinho Neto?

Hipóteses

H1. A aldeia comunal Agostinho Neto poderá ter trago para Nhaguiviga, nova organização social e económica, dado que com a implementação dessa aldeia a população passou a ter residências feitas no mesmo modelo, o parcelamento do espaço, a abertura de ruas, o fornecimento de serviços básicos como: fontes de água, escola, hospital e comunicação social. 

H2. Na Aldeia comunal Agostinho Neto a propriedade passou a ser colectivo isto, é a população produzia numa machamba estatal, um mercado colectivo onde era comercializado o excedente. Mas isso não rompia a propriedade privada, dado que a população tinha as machambas familiares.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Referências Bibliográficas

ARAUJO, G. M. Manuel. Sistema de aldeias comunais em Moçambique transformações na organização do espaço residencial e produtivo. Tese para obtencao do Grau de Doutoramento em Geografia humana. Faculdade de letras. Lisboa, Universidade de Lisboa, 1988. 1885p.

MALOA, Miranda, Tomé. História da economia socialista moçambicana. Dissertação para obtenção do grau de Mestrado em História Económica. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. São Paulo, Universidade de São Paulo, 2016. 44p.

MOSCA, João. Politicas agrárias em Moçambique (1997-2009). Escolar Editores, Maputo, 2011.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Contextualização

A aldeia comunal Agostinho Neto localiza-se no bairro de Nhaguiviga, no Municipio da Maxixe, limita-se a norte por bairro Muchire, a sul pelo distrito de Jangamo, a oeste pelo distrito de Homoine a este por bairro Mutamba.

A aldeia comunal Agostinho Neto criou-se no ano de 1976 depois da Independência nacional de Moçambique com implementação do socialismo em Moçambique. Com o socialismo em Moçambique as populações deveriam viver em aldeias comunais com base na propriedade colectiva. As empresas estatais e as cooperativas de produção seriam a base material/produtiva das aldeias. Para a concretização dos objectivos da socialização do meio rural, o estado tinha como principal instrumento o plano, através dele dirigia e controlava a economia (MOSCA, 2011:39).

 O governo da Frelimo enviou no bairro de Nhaguiviga em 1976 uma brigada, que tinha como foco realizar um estudo de viabilidade para implementação duma aldeia comunal, aprovado o espaço de seguida fez-se uma reunião em torno da futura aldeia comunal a população aderiu a proposta e por fim criou-se a aldeia com o nome Agostinho Neto. Em seguida o governo avançou com o processo de parcelamento da aldeia, abrindo ruas, construiu escola, hospital e um mercado. As residências na aldeia eram construídas no mesmo modelo, para o efeito o governo apoiou a população com estacas de pau-ferro (Simbiri).

A aldeia comunal Agostinho durante a sua edificação, as tarefas eram divididas em grupos, tinha um grupo para a construção de infra-estruturas e outro grupo para o campo agrário, onde a colheita era todos. A colheita dividia-se por igual e o excedente mandava-se ao mercado.

Objectivos

Geral

·         Analisar a implementação das aldeias comunais em Moçambique, tendo como caso de estudo a Aldeia Comunal Agostinho Neto – 1976-2005.

 

 

Específico

·         Descrever o contexto da criação das aldeias comunais em Moçambique e de Agostinho Neto em particular

·         Identificar o papel desempenhado pelas aldeias comunais em Agostinho neto na consolidação da economia socialista em Moçambique

·         Explicar as razões da queda das aldeias comunais em Moçambique e Agostinho Neto, em particular

Justificativa

A escolha do presente tema justifica-se pelo facto de o proponente, ao longo do seu percurso de formação ter notado que a problemática das aldeias comunais na Maxixe, e Moçambique em geral. Daí a necessidade de analisar o contexto da implantação da aldeia comunal Agostinho Neto, olhando para as actividades desenvolvidas, as transformações ocorridas e razões que concorreram para a sua queda.

No âmbito social espera-se que o trabalho possa trazer a essência das aldeias comunais, olhando para as realizações ou modificações verificadas neste período em Nhaguiviga na aldeia comunal Agostinho Neto. E ainda a pesquisa pretende mostrar a comunidade local e Moçambique em geral, como era a vida da população da aldeia comunal Agostinho Neto.

Do ponto de vista académico o estudo é essencial, na medida em que poderá ajudar na compreensão do socialismo em Moçambique, através da análise da aldeia comunal Agostinho Neto. Espera-se que a pesquisa possa ajudar a comunidade local e Moçambique em geral a ter um conhecimento sobre a temática das aldeias comunais, a partir do caso especifico da aldeia comunal Agostinho Neto.

A escolha da Maxixe como espaço de pesquisa deve-se ao facto deste local apresentar um legado histórico-socioeconómico, na questão ligada ao modo de produção marxista-leninista que mostra o tempo e conjuntural que marcou a história de Moçambique.

A escolha de 1976 marco inicial da pesquisa deve-se ao facto deste constituir o ano criação da aldeia comunal Agostinho Neto na Maxixe. E o ano de 2005 como marco final pelo facto deste ano ter se notabilizado a queda da aldeia comunal de Agostinho Neto, devido o processo de municipalização, desta forma Nhaguiviga deixou de ser uma localidade e foi reduzido à categoria de bairro. 

Problematização

As aldeias comunais têm origem nas primeiras zonas libertadas no processo da luta pela independência de Moçambique. MALOA (2016:44) afirma que para manter a vida social das áreas libertadas pela FRELIMO na luta de libertação do país, a organização das zonas libertadas resultou numa experiência económica que posteriormente foi conduzido e orientado no partido, chamado assim de novas tendências da pós-independência. A vida económica nas zonas libertadas era organizada para que produtores trabalhassem colectivamente em cooperativas de produção, o abastecimento rural e a extracção dos excedentes produtivos eram realizados através de uma rede de lojas da FRELIMO, sob a direcção das estruturas locais do partido.

Moçambique depois da independência adoptou o sistema de produção económica socialista, esse modelo de produção tinha o pacote das aldeias comunais. Neste período as aldeias comunais, conforme afirma ARAUJO (1988:185) tinham o propósito de concentrar a população, em locais onde as famílias ficavam afastadas da sua anterior unidade residencial produtiva, sem encontrarem uma substituição adequada. As aldeias comunais tinham no período após a independência o objectivo de concentrar a população dispersa das zonas rurais para que se estruturem em sociedade revolucionária, organizada para desenvolver o trabalho colectivo, assim, promovendo o intercâmbio dos conhecimentos nos trabalhadores. Assim como criar cidades-campo, através do fornecimento de serviços básicos, fontes de agua, comunicação social, escola e centros de saúde.

Apesar desses acontecimentos marcantes causados pelas aldeias comunais, várias pesquisas que têm sido realizadas, abordam sobre socialismo em Moçambique no geral, tocando de forma superficial a temática das aldeias comunais, remetendo-nos a ideia desse fenómeno não ter causado um impacto profundo ou mesmo não ter marcado muito a história de Moçambique e da Maxixe em particular.

A aldeia comunal Agostinho Neto surge no contexto do socialismo em Moçambique, no ano logo após a independência, acredita-se que esse acontecimento trouxe profundas mudanças que alteraram o padrão da vida social e económica do bairro de Ngaguiviga, e de Moçambique em geral. Como forma de reflectir e escrever a história dessa aldeia comunal, levantou-se a seguinte pergunta de partida: Quais foram as transformações que ocorreram em Nhaguiviga com a implementação da aldeia comunal Agostinho Neto?

Hipóteses

H1. A aldeia comunal Agostinho Neto poderá ter trago para Nhaguiviga, nova organização social e económica, dado que com a implementação dessa aldeia a população passou a ter residências feitas no mesmo modelo, o parcelamento do espaço, a abertura de ruas, o fornecimento de serviços básicos como: fontes de água, escola, hospital e comunicação social. 

H2. Na Aldeia comunal Agostinho Neto a propriedade passou a ser colectivo isto, é a população produzia numa machamba estatal, um mercado colectivo onde era comercializado o excedente. Mas isso não rompia a propriedade privada, dado que a população tinha as machambas familiares.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Referências Bibliográficas

ARAUJO, G. M. Manuel. Sistema de aldeias comunais em Moçambique transformações na organização do espaço residencial e produtivo. Tese para obtencao do Grau de Doutoramento em Geografia humana. Faculdade de letras. Lisboa, Universidade de Lisboa, 1988. 1885p.

MALOA, Miranda, Tomé. História da economia socialista moçambicana. Dissertação para obtenção do grau de Mestrado em História Económica. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. São Paulo, Universidade de São Paulo, 2016. 44p.

MOSCA, João. Politicas agrárias em Moçambique (1997-2009). Escolar Editores, Maputo, 2011.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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